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27.10.2022
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Equipe Afya Educação Médica
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A dor é a sensação física que os pacientes mais reclamam ao procurar um consultório médico. Geralmente, ela vem acompanhada de imenso desconforto e tem sua origem em alterações no sistema nervoso, muscular, tendão, articulação, ossos e pode até mesmo apresentar causa emocional.
Como sugere a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), esse incômodo ainda é uma das principais causas de preocupações dos seres humanos em relação à saúde. A sensação de dor funciona como um alerta do organismo sobre nossa integridade física, como a existência de alguma lesão ou disfunção no organismo, que pode resultar nas chamadas dores crônicas.
Essas, diferentes das dores episódicas, são constantes e limitadoras, normalmente ligadas a uma doença ou condição mais grave, sem função de alerta, a exemplo da fibromialgia. Neste artigo, explicaremos o que é a fibromialgia, seus sintomas, diagnóstico e demais informações relevantes a respeito. Acompanhe a leitura e confira!
Muito prevalente entre a população mundial, a fibromialgia (FM) é uma das principais causas de dores crônicas e generalizadas entre os pacientes atualmente. No Brasil, pelo menos 2,5% da população sofre com a condição.
Trata-se de uma síndrome caracterizada por dores intensas e incapacitantes, sem causas aparentes, que irradiam por todo o corpo, principalmente na musculatura, nos tendões e nas articulações do paciente.
Apesar de não ter suas causas e mecanismos totalmente esclarecidos, muitos médicos relacionam a síndrome à genética, já que a incidência da condição é comum em famílias com histórico. Infecções por vírus, doenças autoimunes e traumas físicos ou psicológicos também são possibilidades que podem desencadear o problema.
Muitas vezes, a fibromialgia é confundida com transtornos psiquiátricos e vista com certo descrédito pelas pessoas em torno do paciente, o que agrava o seu quadro. Contudo, o que sabemos é que a pessoa com FM apresenta maior sensibilidade à dor e isso está relacionado ao sistema nervoso. Dessa forma, nervos, medula e cérebro tornam os estímulos dolorosos ainda mais intensos.
Além disso, a síndrome é mais comum em mulheres jovens ou de meia-idade, mas pode afetar qualquer indivíduo.
De modo geral, os sintomas são bastante variáveis, tanto em manifestação quanto em intensidade. Porém, alguns critérios de diagnóstico podem ajudar na suspeita clínica.
Associado ao quadro de dor, a síndrome apresenta manifestações de cansaço frequente, sono não reparador, alterações de memória e atenção, depressão, ansiedade e alterações intestinais. Além dos sintomas associados à fibromialgia apresentados, podemos destacar:
Vale ressaltar que as dores manifestadas não são acompanhadas de nenhuma inflamação na região. Isso acontece porque, de acordo com alguns estudos, a fibromialgia pode ser uma doença associada a fatores neurológicos, como abordado anteriormente. Todavia, ainda não foi encontrado nenhum gene específico que esteja ligado a casos da síndrome.
Sendo assim, a patologia afeta a qualidade de vida e a capacidade funcional do indivíduo de forma sistêmica, sendo necessário uma visão integrativa acerca da doença.
A fibromialgia é uma síndrome difícil de ser detectada devido a não-relação entre as dores sentidas pelos pacientes e os motivos claros para que se sintam dessa maneira.
O diagnóstico é essencialmente clínico, ou seja, os exames laboratoriais e diagnósticos, como radiografia ou exame de sangue, não indicam a manifestação do problema. O médico faz o diagnóstico através do relato de sintomas pelo paciente e por meio de um exame físico que identifica os pontos dolorosos.
É importante destacar que o diagnóstico pode ser demorado por causa dos processos necessários, a fim de que seja constatado realmente um caso da doença. Afinal, ela pode ser facilmente confundida com algumas doenças reumáticas, principalmente diante do relato de dores nos ombros, coluna cervical e joelhos.
Como qualquer enfermidade crônica, não há cura para a fibromialgia, somente tratamento para controle do problema. Em geral, o médico pode recomendar o uso de medicamentos, a prática de exercícios físicos, mudanças no estilo de vida e até mesmo terapias alternativas como formas de combater o problema e amenizar os sintomas.
Normalmente, esses tratamentos são multidisciplinares e devem ser realizados de forma conjunta, nunca dispensando a Medicina convencional para substituir completamente por outros métodos.
O importante é sempre ter um acompanhamento médico especializado, pois ele indicará o tratamento adequado conforme a condição do paciente.
Apesar de não existir método comprovado para prevenção da doença, alguns especialistas recomendam a prática de atividade física regular como um elemento importante, de preferência com orientação profissional e supervisão. Além de ajudar a prevenir as crises de dor quando a doença já está instalada, a atividade proporciona saúde e bem-estar de modo geral.
Vale lembrar que os pacientes podem conviver e ter qualidade de vida mesmo com a enfermidade, sendo possível diminuir as dores e aliviar os sintomas de fibromialgia com algumas medidas.
Lembre-se de que a dor é um alerta do corpo, então nada de ignorar esse chamado do corpo, sobretudo se for constante. Tudo isso é essencial para a manutenção da saúde de quem sofre com a doença.
O médico especialista em Medicina da Dor trabalha com o objetivo de reduzir e controlar a dor do paciente, especialmente aqueles que sofrem de alguma síndrome ou doença grave, como a fibromialgia. Esse profissional atende de forma a maximizar as possibilidades de uma vida funcional para a pessoa, proporcionando uma rotina muito mais ativa, com qualidade de vida superior para o paciente.
Trata-se de um especialista multidisciplinar que, em parceria com outros médicos, trabalha para que o paciente seja tratado dentro de uma visão sistêmica, de modo que essa pessoa tenha uma convivência tolerável com a dor crônica. Médicos que se interessam por esse campo podem fazer uma pós-graduação em Medicina da Dor.
O curso aborda conteúdos práticos e teóricos sobre a fisiologia da dor, os tratamentos disponíveis e técnicas avançadas para o controle álgico, além de discussão de casos clínicos reais.
Neste curso, o paciente tem contato com:
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