Faringite estreptocócica: entenda causas, sintomas, tratamentos e como prevenir essa infecção que provoca dor de garganta intensa.
Dor de garganta intensa que surge de repente e não melhora com chás ou pastilhas? É importante ficar de olho. Apesar de serem sintomas bem comuns na rotina dos médicos, esses sinais podem ser sugestivos de uma doença importante: a faringite estreptocócica.
Clássica e perigosa, essa faringite costuma atingir crianças e adolescentes. Apesar disso, ela pode afetar pessoas de qualquer idade e deve ser sempre considerada com a presença de dores na garganta.
O principal perigo, aqui, está nas possíveis complicações da infecção, que incluem a febre reumática e o surgimento de problemas nos rins. Por isso, é sempre bom relembrar o que é essa doença e como diagnosticá-la. Vamos lá?
O que é a faringite estreptocócica?
Primeiramente, vamos relembrar alguns conceitos importantes. De modo prático, a faringite estreptocócica é uma infecção comum que atinge a garganta e as amígdalas. Ela é causada pela Streptococcus pyogenes, mais especificamente a do tipo A.
E o pior: milhões de casos de faringite estreptocócica ocorrem anualmente no mundo. Isso faz com que muita gente fique em risco de desenvolver complicações bem graves. E a maioria, crianças.
Quais são as causas e os fatores de risco da faringite estreptocócica?
Como você viu, a faringite estreptocócica é provocada por uma bactéria. Por conta disso, ela tende a se espalhar exatamente como outras doenças do tipo: por contato. Esse contato pode ser:
- gotículas respiratórias expelidas ao tossir, espirrar ou falar;
- contato com superfícies contaminadas.
Por conta disso, ela é muito contagiosa. E alguns fatores tendem a fazer com que haja mais riscos de pegar a doença. O primeiro deles é a idade, que, como já conversamos, faz com que crianças e adolescentes sejam mais suscetíveis.
Mas isso não é tudo. Outros pontos de atenção são:
- permanência em ambientes fechados, como salas de aula, creches e escritórios;
- a estação do ano (por conta das aglomerações em ambientes fechados), o que faz com que inverno e outono sejam épocas com mais casos;
- gripes recentes;
- doenças crônicas, que enfraquecem o sistema imune dos pacientes e podem aumentar a chances de contágio.
Quais são os principais sintomas da faringite estreptocócica?
O sintoma mais clássico, aqui, é a dor de garganta. Ela costuma ser bem súbita e bastante forte, dificultando a deglutição do paciente e afetando a realização de tarefas cotidianas, como a alimentação.
No entanto, os sinais não param por aí. Eles também incluem:
- garganta avermelhada, com presença de pus ou placas brancas nas amígdalas;
- febre acima de 38 °C;
- ínguas doloridas no pescoço (linfonodos aumentados);
- dor de cabeça, mal-estar e fadiga;
- náuseas;
- vômitos;
- manchas vermelhas no céu da boca;
- alterações na língua;
- erupções na pele.
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Como é feito o diagnóstico da condição?
Tudo começa pelo exame físico, com a observação dos linfonodos e, claro, da garganta. Além dela, é importante avaliar estruturas como o céu da boca e a língua, conforme mencionado anteriormente.
Isso porque elas podem dar sinais de que o paciente está com escarlatina, e isso deve acender um alerta extra na cabeça do médico responsável. Nesses casos, é preciso monitorar a pessoa ainda mais de perto.
Para fechar o diagnóstico, você pode solicitar um teste rápido. Em cerca de 20 minutos, o resultado está em mãos e aquele paciente pode ser tratado adequadamente.
Caso exista alguma dúvida ou necessidade de entender mais sobre o quadro, pode ser solicitada uma cultura, especialmente em casos de suspeitas de associação de outros tipos de bactéria.
Quais são os tratamentos disponíveis?
O tratamento da faringite estreptocócica é feito com antibióticos. Aqui, o foco está em eliminar a bactéria e, com isso, cessar os sintomas e o risco de complicação. As opções de fármacos mais comumente utilizados são:
- penicilina ou amoxicilina, que geralmente são a primeira escolha;
- macrolídeos (como azitromicina), indicados para pacientes alérgicos à penicilina.
Além do antibiótico, o médico pode recomendar:
- analgésicos e antitérmicos para aliviar a dor e a febre;
- repouso e hidratação.
E muita atenção: o paciente ou responsável deve ser orientado sobre a importância dos cuidados com o horário da medicação e a necessidade de não parar o tratamento quando os sintomas melhorarem.
O motivo é o risco de criação de uma resistência da bactéria. Além de fazer com que a doença volte após o tratamento, esse tipo de falta de cuidado pode gerar superbactérias.
Como é feita a prevenção da faringite estreptocócica?
Agora, vamos falar sobre um tema super importante: a prevenção. Ainda não há uma vacina específica para esse tipo de faringite, mas algumas medidas de prevenção ajudam bastante na redução do risco de infecção:
- lavar as mãos com frequência;
- evitar compartilhar utensílios como copos e talheres;
- manter ambientes bem ventilados;
- cobrir a boca ao tossir ou espirrar.
E, claro, quem já está com a doença deve repousar e se manter afastado de pessoas saudáveis. Aqui, o isolamento é necessário, pelo menos por alguns dias. Dessa forma, a doença não é espalhada por aí.
Por que essa condição exige tanta atenção?
O problema da faringite estreptocócica está nas possíveis complicações da doença. A bactéria pode "migrar" para outras áreas do corpo, como é o caso dos rins. Lá, geram complicações muito mais graves do que a dor de garganta.
Focar nessas possíveis complicações é essencial durante os atendimentos, a fim de ajudar os pacientes a se educarem sobre o tema, e com isso, fazerem o uso adequado das medicações prescritas.
Vale lembrar que faringites de repetição também são comuns e exigem uma abordagem ainda mais cuidadosa. Por isso, manter os hábitos de higiene e os cuidados com a imunidade é algo muito importante, tanto para evitar recidivas quanto para prevenir outras doenças infecciosas. Só vantagens.
Como você viu, a faringite estreptocócica é uma infecção bacteriana que, apesar de comum, não deve ser subestimada. O risco de complicações é real e é necessário fazer uma boa orientação dos pacientes sobre esse assunto.
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