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9.8.2018
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Equipe Afya Educação Médica
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Atualmente, um dos meios de comunicação mais utilizados é a internet — e uma de suas vantagens é a facilidade para difundir as notícias. Porém, por outro lado, isso implica um ponto negativo: a propagação das fake news é acentuada e isso ocorre, inclusive, nos assuntos que envolvem a saúde das pessoas.
Confira no post a seguir todas as informações a respeito das fake news na medicina e aprenda 4 métodos para identificar e combater esse problema tão comum e perigoso. Boa leitura!
As fake news, que podem ser literalmente traduzidas para "notícias falsas", em português, correspondem às informações que são transmitidas de maneira imprecisa ou que não têm conteúdo genuíno, sendo caracterizadas pela falta de argumentos consolidados ou pela ausência de fontes ou referências de credibilidade.
As notícias falsas não são um problema contemporâneo. No entanto, graças à internet, veículo de comunicação que, muitas vezes, é livre de análise editorial, a questão ganhou maiores proporções e se popularizou nos últimos anos.
Reunindo conteúdos dos mais variados assuntos, as fake news são difíceis de serem combatidas no mundo virtual, já que o compartilhamento ocorre de maneira quase instantânea. Dessa maneira, assuntos que envolvem a medicina e saúde em geral também são alvo de falsas notícias.
As fake news na área da medicina são notavelmente famosas, especialmente nas redes sociais e em sites voltados para saúde e bem-estar, confundindo não só indivíduos mal informados, mas também profissionais do setor. Muitas matérias, por exemplo, prometem a cura de doenças, mas não apresentam nenhum embasamento científico ou médico.
Ao se fazer uma rápida busca em um site de pesquisas, é possível ver que o número de blogs que tratam do assunto "cura do câncer" é imenso, ainda que eles existam sem nenhum argumento aprovado pela medicina, o que denota um problema que potencialmente bastante perigoso.
O leitor que pesquisa tais informações e não presta a atenção à veracidade acaba colocando sua própria saúde em risco ao se automedicar ou então ao tomar atitudes que vão totalmente de encontro do que seria o ideal para seu tratamento. Pior do que isso, ao compartilhar os dados, induz outras pessoas a fazerem o mesmo.
Um dos casos de fake news mais notáveis que aconteceu recentemente no Brasil refere-se às propriedades e efeitos adversos das vacinações, embora as pesquisas e o próprio conhecimento médico apontem, historicamente, que elas são extremamente seguras e importantes para minimizar ou até mesmo acabar com a incidência de certas doenças.
Muitas informações falsas foram disseminadas alegando que as vacinas contra febre amarela, poliomelite, microcefalia e gripe tinham composições químicas prejudiciais à população e que poderiam ser um risco para a saúde, provocando as respectivas doenças nas pessoas quando eram vacinadas.
Como resultado da difusão de tais notícias, o sistema público de saúde e muitos outros órgãos que atendiam às campanhas de vacinação receberam uma população desconfiada e receosa com a situação, além de uma considerável diminuição no número de pessoas imunizadas, algo extremamente perigoso em épocas de epidemias e surtos.
O médico, como profissional apto da área da saúde, pode ajudar no combate a disseminação das fake news na área da medicina. Para tanto, separamos 5 dicas para colocar em prática e evitar o problema:
Um ato comum está em curtir ou compartilhar determinada notícia ou informação sem checar a fonte ou a referência. Como profissional da saúde, o médico deve checar se a mensagem possui embasamento e credibilidade, além de conferir se seus argumentos condizem com a realidade no âmbito da medicina.
Checar a URL e a interface da página auxilia no reconhecimento da reputação do veículo que está transmitindo a informação. Outros pontos importantes de serem notados são em relação à linguagem utilizada no texto e à citação de dados estatísticos que comprovem a análise discutida.
Assim como não se deve compartilhar informações sem embasamento científico, não se esqueça de sempre citar suas fontes e referências na publicação de artigos científicos, citando corretamente os autores que auxiliaram na produção do projeto ou trabalho.
Além disso, procure publicar seu artigo em um veículo de comunicação apropriado, como em sites médicos, conferindo credibilidade e confiança para o que foi escrito.
Muitas fake news são disseminadas em grande velocidade e as pessoas não percebem que se trata de uma notícia antiga e obsoleta. A difusão de informações referentes à volta de epidemias de determinadas doenças ou ao ressurgimento de algum mal para a saúde da população devem ser baseadas em fatos concretos e dados estatísticos.
Como profissional da saúde, verifique se a situação condiz com a realidade e não hesite em procurar esclarecer as dúvidas da população referente ao assunto.
O marketing de conteúdo consiste de uma estratégia excelente para atrair, educar, fidelizar e entreter as pessoas com informes relevantes e de autoridade. O médico poderá utilizar essa ferramenta a seu favor para combater as fake news, gerando conteúdo que sirva de referência e reconhecimento na área.
Para tanto, o profissional da saúde deverá aproveitar da comunicação digital e assim, colocar suas estratégias em prática, construindo ou participando de um site médico e sendo ativo nas redes sociais, lembrando de sempre respeitar o Código de Ética Médica.
Um site médico é o local ideal para o esclarecimento de dúvidas referente às fake news que circulam pela internet. Junto das redes sociais, a interação com os pacientes poderá ser aproximada, e discussões acerca dos assuntos mais polêmicos poderão ser efetuadas, promovendo a construção de um conteúdo genuíno e rico.
As fake news na medicina constituem uma questão de difícil combate e que requer atenção para evitar sua disseminação. Como médico e detentor do conhecimento referente aos assuntos da saúde e bem-estar, cabe a este profissional tomar certas medidas para auxiliar os pacientes e outros médicos a procurarem um conteúdo verídico.
Comece desde já a combater as fake news e compartilhe este texto nas redes sociais!