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26.8.2020
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Dia 30 de agosto é considerado o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla (EM). A data surgiu em 2006 e foi estabelecida pela Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, que reúne médicos, pacientes, demais profissionais de cuidado com a saúde e familiares de pacientes.
É uma doença crônica autoimune complexa que evolui para uma deficiência neurológica e, a longo prazo, para a invalidez. A Esclerose Múltipla (EM) é uma enfermidade neurológica com incidência mais comum em jovens e adultos entre 15 e 50 anos de idade, acometendo com mais frequência mulheres. Raramente se manifesta em indivíduos acima de 70 anos, por exemplo. Pessoas brancas com descendência europeia apresentam mais a doença que outros grupos étnicos. Foi descrita inicialmente em 1868 pelo neurologista francês Jean Charcot, que a chamou de Esclerose em Placas.
O diagnóstico da Esclerose Múltipla é feito por meio de uma investigação profunda do histórico clínico do paciente, associado a exames clínicos e neurológicos completos e confirmados por três exames laboratoriais complementares: ressonância magnética, punção lombar e potencial evocado. Com os dados em mãos o médico utiliza os critérios diagnósticos revisados de McDonald para determinar a doença.
Dados epidemiológicos obtidos nos últimos anos indicam que fatores genéticos e ambientais são muito relevantes para o surgimento da doença. A causa exata da Esclerose Múltipla, contudo, ainda é desconhecida. Pacientes com EM são acometidos com placas inflamatórias que destroem a camada que recobre e isola as fibras nervosas - camada de mielina - do Sistema Nervoso Central.
Essa inflamação ocorre de forma muito heterogênea e os danos físicos e psicológicos são muito diferentes nos indivíduos, o que pede uma profunda investigação para determinar a EM. Em muitos, casos, a fadiga e o stress do dia a dia são confundidos com os sintomas iniciais da doença.
Os principais sintomas da Esclerose Múltipla são caracterizados de forma comum por surtos, conhecidos como disfunção clínica de instalação aguda ou subaguda, que podem durar dias ou semanas, seguidos de remissão total ou parcial. A duração mínima de um surto em paciente com EM é de 24 horas. Esses surtos são caracterizados pela incidência de:
A Esclerose Múltipla não tem cura, contudo, há formas de amenizar os sintomas. O tratamento é dividido em 2 modalidades: fase aguda e de manutenção. Para o primeiro caso, de surto, recomenda-se o medicamento metilprednisolona. Já na fase de manutenção o tratamento pode ser realizado com imunomoduladores e imunossupressores.
Dados obtidos em pesquisas com pacientes de EM revelam que 10% dos pacientes em tratamento desenvolvem sequelas progressivas e irreversíveis. Outros 10% respondem bem ao tratamento, com ótimo controle de surtos e de lesões. Já os 80% restantes apresentam respostas variadas ao tratamento medicamentoso.