Escrito por
Publicado em
14.12.2023
Escrito por
Equipe Afya Educação Médica
minutos
Prolapso retal. Eis um nome que ninguém — seja médico, seja paciente — quer ouvir. Afinal, se trata de um diagnóstico difícil, extremamente desagradável tanto no âmbito físico, quanto no psicológico.
No entanto, o problema existe, atingindo cerca de 2,5 a cada 100 mil pessoas. E precisamos lidar com ele! Pensando nisso, a Afya Educação Médica preparou um conteúdo especial, com o objetivo de ajudar você a relembrar alguns conceitos importantes sobre o assunto.
Sendo assim, continue a leitura para entender o que é o prolapso retal, quais são as suas causas e entender outros aspectos que envolvem essa alteração tão complexa e desconfortável.
O prolapso retal ocorre quando a parede muscular que reveste o reto se estende, projetando-se para fora do ânus.
Isso pode acontecer quando os músculos do assoalho pélvico ficam enfraquecidos, resultando na protrusão do reto ou de parte dele através do ânus. O prolapso retal pode variar em gravidade, desde uma protrusão leve até uma saída mais significativa do reto.
Existem diferentes tipos de prolapso retal. Confira:
O prolapso retal pode ser causado por uma combinação de fatores que enfraquecem os tecidos de suporte do reto e os músculos do assoalho pélvico. Confira algumas das principais causas a seguir.
O envelhecimento natural pode levar à diminuição da elasticidade dos tecidos e enfraquecimento dos músculos, incluindo os do assoalho pélvico.
O parto vaginal, especialmente o parto múltiplo ou o parto de crianças grandes, pode causar lesões nos músculos e nos tecidos do assoalho pélvico, contribuindo para o prolapso retal.
A pressão constante durante a evacuação difícil e infrequente pode aumentar o risco de prolapso retal, uma vez que essa pressão pode danificar os músculos do assoalho pélvico ao longo do tempo.
Qualquer atividade que envolva esforço excessivo durante a evacuação, como levantar pesos pesados ou se esforçar muito durante o movimento intestinal, pode aumentar a pressão sobre os músculos do assoalho pélvico.
Condições que afetam a força e a integridade do colágeno nos tecidos, como a síndrome de Ehlers-Danlos, podem aumentar o risco de prolapso retal.
Pode haver uma predisposição genética para fraqueza nos músculos do assoalho pélvico, aumentando o risco de prolapso retal em algumas famílias.
O excesso de peso pode contribuir para o enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico e aumentar a pressão intra-abdominal.
Algumas cirurgias pélvicas anteriores, como a remoção do útero (histerectomia), podem afetar os tecidos de suporte pélvico e aumentar o risco de prolapso retal.
Os sintomas do prolapso retal podem variar dependendo da gravidade e do tipo do prolapso. Alguns incluem:
O diagnóstico do prolapso retal geralmente envolve uma avaliação cuidadosa da história clínica do paciente, um exame físico e, em alguns casos, exames adicionais. Aqui estão alguns dos métodos comuns utilizados para diagnosticar o prolapso retal e identificar sua causa primária:
É o momento onde são feitas perguntas sobre os sintomas, a frequência e a gravidade deles, além da investigação de outros aspectos relacionados à saúde do paciente.
Durante o exame físico, pode ser solicitado ao paciente uma simulação da posição de evacuação, o que pode facilitar a detecção do prolapso. Também é possível a realização de exames de toque para identificar mais detalhes sobre o problema.
Em alguns casos, pode ser recomendada uma colonoscopia ou uma sigmoidoscopia para avaliar o interior do cólon e do reto em busca de outras condições que possam estar contribuindo para o prolapso.
Também pode ser necessário realizar exames de imagem, como ressonância magnética (RM) ou defecografia, para obter uma visão mais detalhada da anatomia do reto e do assoalho pélvico.
Os fatores de risco, de modo geral, são similares às causas do problema. Eles incluem:
Confira, agora, algumas das abordagens terapêuticas para o problema!
Aumentar a ingestão de fibras e líquidos para prevenir a constipação é sempre uma boa ideia, além de evitar esforços excessivos durante a evacuação.
Exercícios para fortalecer os músculos do assoalho pélvico podem ajudar a melhorar o suporte muscular e a função.
Algumas medicações podem ser prescritas para tratar sintomas associados, como incontinência fecal.
Em casos mais graves ou quando outras opções não são eficazes, procedimentos cirúrgicos, como reparo do prolapso retal, podem ser considerados. Isso pode envolver diferentes técnicas cirúrgicas, como a cirurgia de ressecção ou a fixação de tecidos.
Sim, algumas medidas podem ajudar na prevenção do prolapso retal:
A sua abordagem importa!
Como podemos ver, o prolapso retal não é um problema muito frequente. No entanto, ele pode acontecer e, caso isso ocorra, você deve estar preparado. Agora que você já sabe lidar com a situação, não deixe de avaliá-la sob uma ótica humanizada e, claro, capacitada.
Antes de ir, aproveite para se inscrever em nossa newsletter! Assim, você receberá as novidades do blog diretamente em sua caixa de entrada, se mantendo bem informado sobre tudo que ocorre na área médica.