Você sabia que a maioria dos médicos no Brasil atua sem emprego formal? Entenda os motivos!
Você sabia que a falta de emprego formal na Medicina é uma realidade que chama a atenção e levanta questionamentos importantes entre profissionais da área? Por incrível que pareça, isso é real!
De acordo com dados do estudo Demografia Médica no Brasil (2023), somente um terço dos médicos no país tem vínculo empregatício formal. Isso significa que a maioria dos médicos brasileiros atua sem carteira assinada, seja como pessoa jurídica, cooperado, autônomo ou por meio de outros arranjos contratuais.
Essa configuração do mercado médico vem se consolidando há anos, mas ganhou novos contornos com a popularização da chamada pejotização e com as mudanças nas formas de contratação adotadas por hospitais, clínicas e operadoras de saúde.
Diante desse cenário, é natural que surjam dúvidas: por que tantos médicos estão sem emprego formal? Quais são as implicações disso para a carreira e para a vida profissional? E, mais importante, o que fazer para se adaptar e crescer mesmo nesse modelo?
Continue a leitura para saber mais!
O que é "pejotização" e como ela impacta a Medicina?
Antes de entrarmos nas particularidades da carreira médica, é importante contextualizar o que significa, na prática, a chamada pejotização. O termo se refere à prática de contratar profissionais por meio de CNPJ, ou seja, como pessoa jurídica.
Isso é feito no lugar de formalizar um vínculo de emprego regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Na área da saúde, isso é comum não apenas entre médicos, mas também entre fisioterapeutas, dentistas, enfermeiros e outros profissionais.
Na Medicina, esse modelo se intensificou nas últimas décadas. Hospitais e clínicas passaram a adotar a contratação via PJ para reduzir encargos trabalhistas, aumentar a flexibilidade dos contratos e ajustar a força de trabalho de acordo com a demanda.
A longo prazo, esse movimento alterou significativamente o perfil do vínculo médico com as instituições.
Por que tantos médicos estão sem emprego formal?
Agora que você entende a questão, é hora de entender os porquês. De modo geral, existem várias razões para os vínculos formais estarem se tornando cada vez mais raros na Medicina. Vamos abordar os principais fatores!
Custo trabalhista elevado para instituições de saúde
Manter um profissional sob o regime CLT implica encargos como INSS, FGTS, férias remuneradas, 13º salário, horas extras, entre outros. Em um setor que muitas vezes opera com margens apertadas e depende de contratos com operadoras de saúde, muitos gestores optam por modelos mais flexíveis e menos onerosos.
Maior flexibilidade para instituições e médicos
Do ponto de vista das instituições, o modelo PJ facilita a gestão de escalas, substituições e contratações por plantão. Já para alguns médicos, essa flexibilidade permite atuar em diferentes locais, aumentar a renda mensal e construir uma carreira mais diversificada.
Mudança no perfil da carreira médica
Antigamente, era comum que o médico recém-formado buscasse um emprego fixo em hospital público ou privado. Hoje, no entanto, muitos profissionais optam por trabalhar em plantões avulsos, clínicas populares ou consultórios próprios. Isso contribui para a redução dos vínculos empregatícios formais.
Excesso de profissionais em algumas regiões
Com o aumento do número de escolas médicas e a interiorização da Medicina, algumas cidades e regiões passaram a concentrar um número elevado de profissionais. Essa alta oferta de mão de obra pressiona os modelos de contratação e favorece o predomínio de relações mais informais.


Quais são os desafios dos médicos sem emprego formal?
Embora o trabalho como PJ ou autônomo possa parecer vantajoso em alguns aspectos, ele também traz desafios importantes para o profissional de saúde. A ausência de um contrato formal significa que o médico:
- não conta com estabilidade de vínculo;
- precisa gerenciar sua própria rotina tributária e contábil;
- não tem acesso a benefícios trabalhistas garantidos por lei (incluindo as férias remuneradas);
- depende de uma boa rede de contatos e reputação para manter uma agenda constante de atendimentos;
- precisa lidar com maior incerteza financeira, principalmente no início da carreira.
Esses fatores tornam ainda mais evidente a importância de um bom planejamento de carreira, que contemple tanto o desenvolvimento técnico quanto as competências de gestão e adaptação ao mercado.
Como se destacar no mercado atual, mesmo sem emprego formal?
Apesar dos desafios, é possível — e necessário — desenvolver uma trajetória sólida mesmo em um cenário onde a formalidade do vínculo não é a regra. A seguir, apresentamos algumas estratégias que podem ser adotadas por médicos em diferentes fases da carreira. Confira e veja como você pode se organizar:
Invista na sua formação continuada
A qualificação constante é um dos pilares para se destacar em qualquer cenário profissional. Na Medicina, isso significa buscar uma pós-graduação médica de qualidade, com foco prático, professores renomados e estrutura de ponta.
Na Afya Educação Médica, oferecemos cursos alinhados às demandas atuais do mercado, com o objetivo de apoiar o médico em sua jornada de crescimento.
Construa uma imagem profissional forte
A reputação é um ativo valioso, especialmente quando o vínculo formal não existe. Ter presença nas redes sociais profissionais, participar de eventos científicos, investir no networking e manter um relacionamento ético com pacientes e colegas são atitudes que fazem a diferença.
Aprenda sobre gestão e finanças pessoais
Ao atuar como PJ ou autônomo, o médico se torna, na prática, uma pequena empresa. Por isso, é essencial entender como funciona o planejamento financeiro, o regime tributário mais adequado e as boas práticas de gestão do tempo e da rotina.
Diversifique as suas fontes de renda
Contar com diferentes frentes de atuação pode ser uma excelente forma de manter a estabilidade mesmo sem um emprego fixo. Além dos atendimentos clínicos, muitos médicos atuam como professores, peritos, consultores ou se dedicam à produção de conteúdo científico.
Planeje seu futuro com estratégia
Não ter vínculo formal não significa ter uma carreira instável. Pelo contrário, com planejamento e visão de longo prazo, é possível trilhar um caminho sólido e de reconhecimento. Traçar metas claras, buscar oportunidades de crescimento e manter-se atualizado são atitudes que transformam o cenário.
E qual o papel da educação médica nesse processo?
Em um mercado de trabalho em que o emprego formal na Medicina está cada vez mais raro, a educação continuada se torna uma ferramenta estratégica. Mais do que conquistar um título, o médico precisa desenvolver competências que o tornem um profissional completo, apto a enfrentar os desafios do setor com segurança, ética e excelência.
Na Afya Educação Médica, trabalhamos justamente para isso. Nosso compromisso é apoiar médicos de todo o país em sua trajetória de atualização, reconhecimento e crescimento profissional, mesmo em um cenário de transformações constantes.
A realidade do emprego formal na Medicina está mudando e isso não precisa ser uma ameaça, mas sim um chamado à adaptação e à evolução. Os dados mostram que a maioria dos médicos no Brasil está sem emprego formal, mas também evidenciam uma nova dinâmica de mercado, com espaço para protagonismo, flexibilidade e autonomia. Por isso, a educação continuada é, hoje, mais importante do que nunca.
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