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Efeito Doppler: o que é e qual é a sua importância na Medicina diagnóstica

Efeito Doppler: o que é e qual é a sua importância na Medicina diagnóstica

Quando pensamos em Medicina, a imagem que fica é de uma profissão e área do conhecimento muito tradicional e prestigiada. Contudo, assim como a grande maioria das profissões contemporâneas, a tecnologia ganhou espaço e transformou inúmeros procedimentos e técnicas nas profissões.

Com a Medicina não foi diferente! Uma das tecnologias mais utilizadas é o doppler, que advém do efeito doppler, descoberto e teorizado por Christian Doppler, no século dezenove, e que segue modernizando exames como: ecocardiograma, ultrassonografia, exames de fluxo sanguíneo e muitos outros.

Neste artigo entenda melhor o que é o efeito doppler, sua grande importância no campo da Medicina, e como é essencial investir em novas especializações a respeito do assunto. Vamos lá?

O que é e qual a origem do Efeito Doppler?

Por trás da grande maioria das inovações tecnológicas mais modernas, há teorias científicas e estudos que atestam e comprovam os fenômenos observados. Com o efeito doppler, isso também ocorreu.

Observado pela primeira vez em 1842, o efeito doppler teoriza que a percepção das ondas sonoras está diretamente relacionada com a velocidade aparente da fonte emissora da onda e do observador desta mesma onda.

Mais tarde, foi finalmente testado e comprovado pelos experimentos de Buys Ballot. Ao longo dos séculos seguintes, foi extensivamente utilizado em diversas áreas, como a Física e a Medicina.

Explicando de maneira mais direta, estamos falando de um fenômeno comum que acontece quando percebemos um objeto que emite algum ruído, como uma ambulância. Ou quando passamos velozmente de carro e notamos que a frequência sonora mudou junto com nossa posição.

Nesse caso, como o meio em que a onda se propaga é o ar, a velocidade da onda é constante. Entretanto, quando a posição dos envolvidos muda, isto é, a ambulância que estava se aproximando se afasta, ou quando nosso próprio carro se afasta depois de ultrapassá-la, a variável da equação passa a ser o comprimento da onda.

Enquanto a onda se aproxima, seu comprimento é encurtado, e fica alongado quando começa a se afastar. Por essa razão, a onda sonora passa de uma frequência aguda para uma mais grave, quando cessa a aproximação e se afasta do observador.

Mais tarde, também perceberam que o efeito doppler se aplica não só ao som, mas a todas as ondas, tanto sonoras quanto eletromagnéticas. A manifestação do efeito doppler na luz, por exemplo, ocorre quando o movimento aparente transforma o tom das cores para o avermelhado, quando as ondas ultrapassam o observador e começam a diminuir a frequência.

Por meio de uma explicação cotidiana fica mais fácil compreender. Mas para ter ainda mais clareza sobre o assunto, continue a leitura e entenda melhor a equação por trás do fenômeno.

A equação de Doppler

A equação do efeito doppler é aquela que sistematiza o fenômeno que contamos até aqui. Assim, o que o efeito doppler teoriza é a percepção do movimento da onda, e não a onda em si. Logo, é com esse termo que a equação começa.

Segundo ela, a frequência percebida pelo observador é igual a frequência da onda emitida, multiplicada pela velocidade de propagação do som, mais ou menos a velocidade do observador, dividido pela velocidade de propagação do som, mais ou menos a velocidade da fonte.

Mas calma lá! A equação é um esquema visual que facilita a visualização do efeito, e é mais facilmente compreendida quando a vemos montada.

Os termos da equação são:

Fo: frequência que o observador percebe da onda sonora ou eletromagnética;

Que é igual à:

Ff: frequência da onda emitida;

Que deve ser multiplicada pelo seguinte termo:

Velocidade do som (V), mais ou menos a velocidade do observador (Vo); dividida pela velocidade do som (V), mais ou menos a velocidade que a fonte da onda se encontra (Vf).

Se o sinal da velocidade do observador e do emissor é positivo ou negativo, isso depende do sentido de cada um. Se estiver se aproximando do observador, é positivo, se estiver se distanciando é negativo.

Você provavelmente está se perguntando como este efeito pode auxiliar os processos na Medicina diagnóstica, não é? Ao contrário do que possa parecer, o doppler, assim como outros avanços científicos na Medicina, revolucionou os exames de imagem, sendo uma das ferramentas mais úteis para os profissionais da área. Entenda mais sobre a sua utilidade a seguir.

Utilização do Doppler na Medicina Diagnóstica

Uma vez que a função do doppler é atestar e medir movimentos aparentes, ele pode ser útil para aparelhos médicos que visam diagnósticos neste sentido. O maior uso do doppler em exames de imagem é por meio do ultrassom com doppler, também chamado de doppler venoso. Entenda melhor sobre este procedimento!

Ultrassom com Doppler

O ultrassom, um dos exames mais comuns e requisitados na clínica contemporânea, consiste em um exame de imagem que usa a tecnologia para a visualização em tempo real de órgãos do corpo. Muito comuns na região do abdômen e em gestantes.

A fase experimental da ultrassonografia é dos anos 40 aos 50, quando a tecnologia ainda estava em sua evolução inicial. Nos anos 60, o uso da tecnologia de ultrassom com doppler foi introduzida, incrementando um procedimento indolor e rápido, tornando-o também mais eficaz.

Levando em conta tudo o que explicamos sobre o efeito, o doppler venoso emite ondas sonoras que refletem, ou seja, fazem um eco, dando o nome comum de ecografia, — que significa as hemácias da corrente sanguínea para atestar o fluxo de sangue e se ele está correndo no sentido esperado.

A tecnologia é capaz de fazer isso, pois pode medir as ondas que são refletidas e determinar, baseada na frequência captada pelo efeito doppler, informações como:

  • presença de trombose;
  • veias ou artérias obstruídas;
  • aneurismas e outros tipos de interrupção de fluxo.

Por meio deste procedimento, o profissional da Medicina obtém imagens médicas que, quando corretamente interpretadas, resultam em um exame resolutivo para o descobrimento de condições que devem ser tratadas.

Portanto, a relevância desse procedimento está em sua precisão e na boa performance em partes vitais do corpo, como é o caso da ecodopplercardiografia, imprescindível para detectar anormalidades no fluxo sanguíneo do coração.

Qual a importância do Efeito Doppler na Medicina?

Não são poucas as utilidades que a descoberta do efeito doppler trouxe para a área da Medicina. Por meio de pesquisas, e a incorporação da tecnologia em aparelhos de ultrassonografia, é possível realizar diversos procedimentos.

Os exames mais comuns realizados com o doppler venoso são:

  • ultrassonografia com doppler em gestantes;
  • ultrassonografia com doppler nos membros inferiores;
  • ultrassonografia com doppler no fluxo sanguíneo cardíaco;
  • ultrassonografia com doppler na tireoide.

Logo, sendo uma das tecnologias mais difundidas no meio médico, é essencial que o profissional médico esteja atualizado por meio de cursos focados na temática, assim como webinars que abordem simulações avançadas.

Invista na especialização

Agora que você teve contato com a tecnologia possibilitada pelo efeito doppler, com certeza, você compreende o quanto o doppler pode avançar com os métodos de imagem.

Contudo, assim como um bom aparelho, é essencial que haja um ótimo profissional interpretando seus resultados, com experiência no assunto e um bom currículo. Por isso, é preciso investir em bons cursos e qualificações que realmente agreguem em sua formação.

Estar por dentro das novas tecnologias também pode facilitar o trabalho, otimizar o tempo gasto em exames e diagnósticos e, assim, te colocar na frente no mercado de trabalho.

Por isso, além de ficar por dentro de tudo relacionado à Medicina, você precisa investir em especializações médicas para se manter bem posicionado no mercado de trabalho.

E você, já conhecia o efeito doppler e a sua importância para a área da Medicina? Deixe um comentário se esse artigo te ajudou!