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Saiba quais são as principais doenças ocupacionais

Saiba quais são as principais doenças ocupacionais

Conhecer as principais doenças ocupacionais é importante para a busca de alternativas inerentes à prevenção da saúde do trabalhador. Também denominadas como doenças profissionais, esse conceito designa qualquer prejuízo relacionado à atividade desempenhada ou às condições do ambiente de trabalho.

Sob essa ótica, listamos as principais doenças ocupacionais, um pouco da história e da evolução da segurança e da Medicina do Trabalho. Ainda, conheça as patologias mais comuns, bem como suas causas, fatores de risco, diagnósticos e as alternativas de tratamento e prevenção.  

As novas diretrizes

Somente em 2013, o número de acidentes de trabalho com perdas de vidas chegou a quase três mil. Esse fato chamou a atenção de alguns segmentos da sociedade, que perceberam a necessidade de tomar providências para reverter essas estatísticas.

Em 2016, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) lançou a Norma Regulamentadora nº 5 (NR5), que estabelecia novas diretrizes com vistas à redução dos acidentes de trabalho. Na ocasião, os setores com maior incidência de acidentes e com o maior número de vítimas fatais eram a construção civil e o transporte de cargas.

Entretanto, o destaque vai para a construção civil, que se caracteriza como o segmento mais letal para os trabalhadores.

Alguns dos determinantes que mais contribuíram para essa realidade foram:

  • capacitação e treinamento insuficiente;
  • atitudes imprudentes em ambientes de risco à saúde laboral;
  • não cumprimento das Leis Trabalhistas pelos empregadores;
  • falta de monitoração do uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI).

Nova regulamentação

A CIPA e os outros órgãos, públicos e privados, criaram novas normas regulamentadoras em prol da prevenção da saúde nos ambientes corporativos. Contextualmente, essas mudanças fizeram a diferença no histórico da segurança do trabalho nos últimos anos. A adesão às novas diretrizes permitiu melhorias significativas em diversos setores.

Foi possível, ainda, adotar medidas favoráveis à evolução de novos métodos e técnicas inovadoras centradas na prevenção da saúde. O desenvolvimento de matérias-primas e produtos menos prejudiciais ao ambiente de trabalho também foram cruciais ao controle mais efetivo das estatísticas das doenças ocupacionais.

Além da possibilidade de amenizar tais questões, essas mudanças têm despertado o interesse na carreira médica, com ênfase em Medicina do Trabalho.

A Revolução Industrial e a Segurança do Trabalho na história

Sem dúvida, a Revolução Industrial foi um dos marcos históricos que mais contribuíram para o aumento dos problemas de saúde resultantes das atividades laborais.

Em tese, a mudança na manufatura do século XIX para a transformação que culminou na substituição do trabalho humano pela máquina, foi crucial nesse processo.

Até então, os riscos relativos ao ambiente de trabalho estavam restritos ao artesanato. Porém, ao passo que a utilização das máquinas a vapor gerou como consequência a produção em larga escala, houve o aumento excessivo da jornada de trabalho.

Em algumas fábricas, o trabalhador permanecia até por 16 horas na fábrica. Hoje, apesar dos avanços tecnológicos, os problemas ergonômicos figuram na lista dos grandes desafios da saúde do trabalhador.

A Medicina do Trabalho

Ainda que seja possível perceber a evolução, muitos daqueles antigos problemas ainda persistem. Mesmo com inovações como a telemedicina, que facilitou a rotina do médico, o papel da Medicina do Trabalho é essencial para a promoção da segurança do trabalho.

Com a evolução das leis, a exploração do trabalho infantil e feminino em condições ilegais foram proibidas. Além do viés social, isso representou mudanças na diminuição dos dados de acidentes e mortes laborais.

Doenças ocupacionais mais comuns

Destacamos as doenças que mais acometem os colaboradores em diversas funções. Confira!

Lesão por Esforço Repetitivo (LER)

É uma síndrome que engloba um grupo de doenças prejudiciais a importantes órgãos e sistemas. Os mais afetados são os músculos, nervos e tendões, com destaque para os membros superiores.

Causas

  • realizar movimentos repetitivos por longos períodos, como trabalhadores que fazem digitação;
  • trabalhar em posições inadequadas, que forçam o corpo, como se inclinar sobre uma mesa tensionando os ombros;
  • uso de força excessiva ao realizar tarefas, como carregar materiais pesados repetidamente;
  • realização de atividades contínuas, sem nenhum momento de intervalos adequados para descanso.

Sintomas

  • dores nos braços, mãos, pescoço, ombros ou costas são comuns;
  • sensação de formigamento ou dormência nos dedos das mãos;
  • rigidez e fraqueza muscular;
  • problemas auditivos por barulhos excessivos.

Fatores de risco

Os principais fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da DORT são:

  • dificuldades locomotoras;
  • presença de comorbidades;
  • estresse excessivo;
  • distúrbios psicológicos;
  • manutenção de hábitos de vida não saudáveis;
  • influência de fatores sociais, familiares e econômicos, como a insatisfação com o trabalho.

Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT)

São lesões ou dores que afetam o sistema musculoesquelético humano em consequência de certas atividades relacionadas ao trabalho. Confira as principais características da DORT,

Sintomas

  • dor aguda ou crônica;
  • inflamação;
  • rigidez dos membros superiores e inferiores;
  • limitação de movimento;
  • fraqueza muscular.

Além desses sinais, também surgem sintomas psicoemocionais que colocam a estabilidade psíquica em risco. Os principais agravos são:

  • Ansiedade e depressão;
  • burnout;
  • medo do futuro;
  • irritabilidade;
  • distúrbios do sono.

Causas e fatores de risco

Destacamos algumas razões e condições que podem contribuir para o desenvolvimento da DORT. Observe;

  • movimentos repetitivos;
  • posturas inadequadas;
  • uso de assentos sem ergonomia;
  • estresse excessivo;
  • pausas insuficientes na rotina;
  • exposição a ruídos e vibrações sem EPIs.

Diagnósticos, tratamento e prevenção das doenças ocupacionais

O diagnóstico das doenças ocupacionais depende dos sintomas e particularidades de cada caso. Em geral, o médico observa as principais queixas, os sinais clínicos e solicita exames para avaliação. Testes laboratoriais e de imagem são relevantes para a confirmação desses quadros.

Quanto aos tratamentos, as terapias aplicadas são definidas conforme as queixas do paciente. As intervenções adequadas, principalmente o repouso, são importantes para garantir a segurança e a saúde dos colaboradores.

Medidas de prevenção mais eficazes

Atualmente, muitas empresas estão adotando medidas mais favoráveis à qualidade da saúde nos espaços laborais. Nesse sentido, destacamos algumas práticas que contribuem para a melhoria da qualidade da saúde ocupacional. Confira:

  • fornecer equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados ao exercício da função;
  • realizar exames médicos periódicos, conforme a necessidade do cargo exercido;
  • promover a capacitação contínua dos colaboradores;
  • orientar e incentivar hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e a prática de exercícios regulares.

Como você notou, a evolução da Medicina do Trabalho e a criação de leis mais específicas foram essenciais para a redução das doenças ocupacionais. Percebe-se, então, que as projeções para o futuro podem ser positivas, desde que empresas e funcionários atuem em conjunto no cumprimento das normas vigentes.

Assine a nossa newsletter e fique por dentro de mais conteúdos de Medicina!

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Conhecer as principais doenças ocupacionais é importante para a busca de alternativas para a prevenção da saúde do trabalhador.

Conhecer as principais doenças ocupacionais é importante para a busca de alternativas inerentes à prevenção da saúde do trabalhador. Também denominadas como doenças profissionais, esse conceito designa qualquer prejuízo relacionado à atividade desempenhada ou às condições do ambiente de trabalho.

Sob essa ótica, listamos as principais doenças ocupacionais, um pouco da história e da evolução da segurança e da Medicina do Trabalho. Ainda, conheça as patologias mais comuns, bem como suas causas, fatores de risco, diagnósticos e as alternativas de tratamento e prevenção.  

As novas diretrizes

Somente em 2013, o número de acidentes de trabalho com perdas de vidas chegou a quase três mil. Esse fato chamou a atenção de alguns segmentos da sociedade, que perceberam a necessidade de tomar providências para reverter essas estatísticas.

Em 2016, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) lançou a Norma Regulamentadora nº 5 (NR5), que estabelecia novas diretrizes com vistas à redução dos acidentes de trabalho. Na ocasião, os setores com maior incidência de acidentes e com o maior número de vítimas fatais eram a construção civil e o transporte de cargas.

Entretanto, o destaque vai para a construção civil, que se caracteriza como o segmento mais letal para os trabalhadores.

Alguns dos determinantes que mais contribuíram para essa realidade foram:

  • capacitação e treinamento insuficiente;
  • atitudes imprudentes em ambientes de risco à saúde laboral;
  • não cumprimento das Leis Trabalhistas pelos empregadores;
  • falta de monitoração do uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI).

Nova regulamentação

A CIPA e os outros órgãos, públicos e privados, criaram novas normas regulamentadoras em prol da prevenção da saúde nos ambientes corporativos. Contextualmente, essas mudanças fizeram a diferença no histórico da segurança do trabalho nos últimos anos. A adesão às novas diretrizes permitiu melhorias significativas em diversos setores.

Foi possível, ainda, adotar medidas favoráveis à evolução de novos métodos e técnicas inovadoras centradas na prevenção da saúde. O desenvolvimento de matérias-primas e produtos menos prejudiciais ao ambiente de trabalho também foram cruciais ao controle mais efetivo das estatísticas das doenças ocupacionais.

Além da possibilidade de amenizar tais questões, essas mudanças têm despertado o interesse na carreira médica, com ênfase em Medicina do Trabalho.

A Revolução Industrial e a Segurança do Trabalho na história

Sem dúvida, a Revolução Industrial foi um dos marcos históricos que mais contribuíram para o aumento dos problemas de saúde resultantes das atividades laborais.

Em tese, a mudança na manufatura do século XIX para a transformação que culminou na substituição do trabalho humano pela máquina, foi crucial nesse processo.

Até então, os riscos relativos ao ambiente de trabalho estavam restritos ao artesanato. Porém, ao passo que a utilização das máquinas a vapor gerou como consequência a produção em larga escala, houve o aumento excessivo da jornada de trabalho.

Em algumas fábricas, o trabalhador permanecia até por 16 horas na fábrica. Hoje, apesar dos avanços tecnológicos, os problemas ergonômicos figuram na lista dos grandes desafios da saúde do trabalhador.

A Medicina do Trabalho

Ainda que seja possível perceber a evolução, muitos daqueles antigos problemas ainda persistem. Mesmo com inovações como a telemedicina, que facilitou a rotina do médico, o papel da Medicina do Trabalho é essencial para a promoção da segurança do trabalho.

Com a evolução das leis, a exploração do trabalho infantil e feminino em condições ilegais foram proibidas. Além do viés social, isso representou mudanças na diminuição dos dados de acidentes e mortes laborais.

Doenças ocupacionais mais comuns

Destacamos as doenças que mais acometem os colaboradores em diversas funções. Confira!

Lesão por Esforço Repetitivo (LER)

É uma síndrome que engloba um grupo de doenças prejudiciais a importantes órgãos e sistemas. Os mais afetados são os músculos, nervos e tendões, com destaque para os membros superiores.

Causas

  • realizar movimentos repetitivos por longos períodos, como trabalhadores que fazem digitação;
  • trabalhar em posições inadequadas, que forçam o corpo, como se inclinar sobre uma mesa tensionando os ombros;
  • uso de força excessiva ao realizar tarefas, como carregar materiais pesados repetidamente;
  • realização de atividades contínuas, sem nenhum momento de intervalos adequados para descanso.

Sintomas

  • dores nos braços, mãos, pescoço, ombros ou costas são comuns;
  • sensação de formigamento ou dormência nos dedos das mãos;
  • rigidez e fraqueza muscular;
  • problemas auditivos por barulhos excessivos.

Fatores de risco

Os principais fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da DORT são:

  • dificuldades locomotoras;
  • presença de comorbidades;
  • estresse excessivo;
  • distúrbios psicológicos;
  • manutenção de hábitos de vida não saudáveis;
  • influência de fatores sociais, familiares e econômicos, como a insatisfação com o trabalho.

Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT)

São lesões ou dores que afetam o sistema musculoesquelético humano em consequência de certas atividades relacionadas ao trabalho. Confira as principais características da DORT,

Sintomas

  • dor aguda ou crônica;
  • inflamação;
  • rigidez dos membros superiores e inferiores;
  • limitação de movimento;
  • fraqueza muscular.

Além desses sinais, também surgem sintomas psicoemocionais que colocam a estabilidade psíquica em risco. Os principais agravos são:

  • Ansiedade e depressão;
  • burnout;
  • medo do futuro;
  • irritabilidade;
  • distúrbios do sono.

Causas e fatores de risco

Destacamos algumas razões e condições que podem contribuir para o desenvolvimento da DORT. Observe;

  • movimentos repetitivos;
  • posturas inadequadas;
  • uso de assentos sem ergonomia;
  • estresse excessivo;
  • pausas insuficientes na rotina;
  • exposição a ruídos e vibrações sem EPIs.

Diagnósticos, tratamento e prevenção das doenças ocupacionais

O diagnóstico das doenças ocupacionais depende dos sintomas e particularidades de cada caso. Em geral, o médico observa as principais queixas, os sinais clínicos e solicita exames para avaliação. Testes laboratoriais e de imagem são relevantes para a confirmação desses quadros.

Quanto aos tratamentos, as terapias aplicadas são definidas conforme as queixas do paciente. As intervenções adequadas, principalmente o repouso, são importantes para garantir a segurança e a saúde dos colaboradores.

Medidas de prevenção mais eficazes

Atualmente, muitas empresas estão adotando medidas mais favoráveis à qualidade da saúde nos espaços laborais. Nesse sentido, destacamos algumas práticas que contribuem para a melhoria da qualidade da saúde ocupacional. Confira:

  • fornecer equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados ao exercício da função;
  • realizar exames médicos periódicos, conforme a necessidade do cargo exercido;
  • promover a capacitação contínua dos colaboradores;
  • orientar e incentivar hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e a prática de exercícios regulares.

Como você notou, a evolução da Medicina do Trabalho e a criação de leis mais específicas foram essenciais para a redução das doenças ocupacionais. Percebe-se, então, que as projeções para o futuro podem ser positivas, desde que empresas e funcionários atuem em conjunto no cumprimento das normas vigentes.

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