Escrito por
Publicado em
15.4.2024
Escrito por
Equipe Afya Educação Médica
minutos
A população feminina desempenha um papel fundamental na sociedade, contribuindo para o desenvolvimento econômico, social e cultural. Por isso, precisamos cuidar da saúde delas, em especial, dando a devida atenção às doenças comuns em mulheres para reduzir sua incidência.
Atualmente, as mulheres representam mais de mais de 5,6 bilhões de pessoas. Essa parcela significativa enfrenta desafios únicos em relação à saúde, sendo suscetível a diversas patologias que impactam sua qualidade de vida e longevidade.
É fundamental compreender as nuances das doenças que mais afetam as mulheres e, assim, trabalhar em direção a estratégias mais eficazes de prevenção e tratamento. Então, elaboramos este material para conversarmos um pouco sobre o assunto. Continue lendo e confira!
A SOP (Síndrome do Ovário Policístico) é uma condição ginecológica que afeta o sistema reprodutivo da mulher. Ela é caracterizada por um desequilíbrio hormonal que leva à formação de cistos nos ovários.
Os ovários normalmente produzem pequenos folículos que abrigam óvulos em desenvolvimento. Mas na SOP esses folículos podem não se desenvolver completamente, formando cistos.
É considerada uma condição multifatorial, pois diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento da SOP. A interação entre eles também pode variar de uma pessoa para outra.
Veja a seguir algumas das principais causas e fatores associados à SOP:
Além da presença de cistos nos ovários, a SOP está associada a outros sintomas, que podem variar em gravidade e incidência. Logo, nem todas as mulheres apresentam todas as manifestações. Alguns dos sinais mais comuns incluem:
O tratamento varia dependendo dos sintomas, podendo incluir:
O câncer de mama se origina nas células mamárias, predominantemente nos dutos mamários ou nos lóbulos. Não só está entre as doenças comuns em mulheres como é o tipo de câncer mais recorrente entre elas em todo o mundo.
Há uma combinação de fatores genéticos, hormonais e ambientais que contribuem para o desenvolvimento dessa condição. Aqui estão alguns dos fatores de risco e influências associados ao câncer de mama:
Os sintomas podem variar, e algumas mulheres com a doença não apresentam sinais perceptíveis inicialmente. Algumas alterações que a mulher pode apresentar são:
O tratamento da doença pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia hormonal e imunoterapia, dependendo do estágio e das características específicas do câncer.
A osteoporose também está entre as doenças comuns em mulheres. É uma condição médica caracterizada pela perda de massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo. Resulta em ossos frágeis, porosos e menos densos, o que aumenta o risco de fraturas, especialmente nos quadris, coluna e punhos.
Envolvem uma interação complexa entre diversos elementos. Podendo ser destacado:
A osteoporose é frequentemente chamada de "doença silenciosa", pois pode não apresentar sintomas até ocorrer uma fratura. Os sinais incluem:
O tratamento visa reduzir a perda óssea, fortalecer os ossos e prevenir fraturas. Assim, pode incluir medicamentos, suplementos de cálcio e vitamina D, além de mudanças no estilo de vida, como exercícios de fortalecimento e uma dieta adequada.
A fibromialgia é uma síndrome clínica que causa dor crônica generalizada e sensibilidade aumentada em áreas específicas do corpo. Além da dor, pode envolver uma variedade de sintomas físicos e cognitivos.
As causas da fibromialgia ainda não são totalmente compreendidas. Não há uma única causa identificável, mas diversos elementos podem contribuir para o desenvolvimento da fibromialgia, como:
A fibromialgia é caracterizada por uma série de sintomas que afetam principalmente o sistema musculoesquelético. Mas também podem envolver diversos outros sistemas do corpo.
É importante ressaltar que a fibromialgia pode variar significativamente entre os indivíduos, e os sintomas podem se manifestar de maneira diferente em cada caso. De toda forma, veja alguns que ocorrem:
Essa é uma das doenças comuns em mulheres em que o diagnóstico é baseado na avaliação clínica dos sintomas. Isso porque não há testes específicos para confirmar a condição. Já o tratamento envolve uma abordagem multidisciplinar, incluindo:
A depressão é um transtorno mental comum que afeta o modo como uma pessoa se sente, pensa e lida com as atividades diárias. A gravidade dos sintomas pode variar, gerando casos leves e moderados até episódios mais graves.
Embora esteja na lista de doenças comuns em mulheres, a depressão pode se desenvolver em qualquer pessoa. Contudo, não existe um único fator que cause o problema.
Afinal, influências genéticas, ambientais e comportamentais desempenham um papel significativo no desenvolvimento da doença. Assim, as causas variam entre as pessoas, podendo ser:
Identificar os sintomas da depressão é essencial para uma compreensão profunda desta condição mental. Cada sinal emocional e físico desempenha um papel na abordagem do problema e no tratamento.
Cada pessoa pode apresentar manifestações diferentes em quadros depressivos. Inclusive porque existem tipos diferentes de depressão. De toda forma, podemos identificar alguns sintomas com maior frequência, são eles:
A depressão é uma condição tratável. O tratamento adequado permite uma diferença significativa na qualidade de vida e na recuperação do paciente e pode incluir terapias, medicamentos antidepressivos, suporte social e mudanças no estilo de vida.
A abordagem dependerá da gravidade do quadro e da necessidade de cada pessoa. Assim, pode ser realizada por uma equipe multidisciplinar composta por psicólogo, psiquiatra, nutricionista e educador físico.
A doença celíaca é uma condição autoimune crônica em que o sistema imunológico reage de forma exagerada aos alimentos que contêm glúten. Essa resposta imunológica desencadeia danos à mucosa do intestino delgado, interferindo na absorção adequada de nutrientes.
É uma das doenças comuns em mulheres, mas não ocorre apenas nelas. Afinal, pode atingir pessoas de ambos os sexos e diferentes faixas etárias.
A doença celíaca é desencadeada pela ingestão de glúten em indivíduos geneticamente predispostos à doença. Existem dois principais componentes necessários para o desenvolvimento da doença celíaca. Veja a seguir.
A predisposição genética desempenha um papel fundamental na doença celíaca. Pessoas com genes específicos, como os alelos HLA-DQ2 ou HLA-DQ8, têm uma maior suscetibilidade. No entanto, nem todas as pessoas com esses genes desenvolvem o problema, indicando que fatores ambientais também são necessários.
O fator desencadeante crucial é a exposição ao glúten na dieta. Quando uma pessoa geneticamente predisposta consome alimentos contendo glúten, o sistema imunológico responde de maneira anormal.
Ter um ou mais dos fatores de risco não garante o desenvolvimento da doença celíaca. A presença deles aumenta a probabilidade, mas a interação complexa entre genética e fatores ambientais ainda não é completamente compreendida.
Veja quais são os principais riscos.
Ter familiares com doença celíaca aumenta a probabilidade de desenvolver a condição. Nem todas as pessoas com histórico terão a doença, e ela pode ocorrer em indivíduos que não têm parentes com o problema.
A doença celíaca está frequentemente associada a outras condições autoimunes, como diabetes tipo 1, tireoidite autoimune e doença de Addison. Se uma pessoa já tem uma condição como essas, ela pode ter um risco aumentado de desenvolver doença celíaca.
A introdução precoce ou tardia de alimentos que contêm glúten na dieta de bebês está associada a um aumento do risco. O contato com o glúten enquanto o sistema imunológico continua em desenvolvimento pode desencadear a resposta autoimune em pessoas geneticamente predispostas.
As manifestações podem variar significativamente entre as pessoas afetadas, atingindo várias partes do corpo. Algumas podem não apresentar sintomas óbvios, de toda forma, eles incluem:
O tratamento principal para a doença celíaca é a adoção de uma dieta rigorosamente livre de glúten ao longo da vida. A remoção completa da proteína é essencial para aliviar os sintomas, promover a cicatrização da mucosa intestinal e prevenir complicações a longo prazo.
As doenças mais comuns em mulheres exigem atenção à genética, hormônios e estilo de vida.
A conscientização, prevenção e cuidados regulares são vitais para promover a saúde feminina, principalmente durante a menopausa.
Agora que você conheceu as doenças mais comuns, aproveite para descobrir quais são as principais queixas de saúde entre o público feminino.