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16.9.2020
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Equipe Afya Educação Médica
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Mesmo com o avanço sem precedentes da medicina e com estudos sobre a doença nos últimos anos, o Diabetes ainda é considerado uma doença sem cura. Contudo, é possível conviver com ela com bastante qualidade de vida, desde que o paciente faça acompanhamento com um médico endocrinologista para o seu controle e siga as recomendações de saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 16 milhões de brasileiros convivem com o Diabetes.
Doença silenciosa, com sintomas aparecendo já na fase tardia, nos últimos 10 anos a taxa de incidência do Diabetes cresceu 60% no país. Para a organização, trata-se de uma doença com características de pandemia, em que o Brasil ocupa o 4º lugar no ranking mundial dos países com o maior número de casos, atrás de China, Índia e Estados Unidos. As causas desse aumento, segundo pesquisadores, estão ligadas ao avanço das taxas de obesidade nesses países, o comportamento sedentário da população e hábitos inadequados de alimentação, como alto consumo de gorduras e carboidratos simples.
O Diabetes, também chamado Diabete Mellitus (DM), é uma síndrome complexa caracterizada pela ocorrência da hiperglicemia persistente - aumento exagerado dos níveis glicêmicos - causada pela deficiência na produção de insulina no corpo. As altas taxas glicêmicas podem levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, o Diabetes pode levar à morte. Há diversos tipos da doença, mas os mais comuns são o Diabetes tipo 1 - também chamado de Diabetes Juvenil ou insulinodependente - e tipo 2 - Diabetes não insulinodependente.
A Organização Mundial da Saúde aponta que 1 em cada 11 pessoas no mundo têm Diabetes
O Diabetes tipo 1 (DM1) é causado pela destruição autoimune das células beta pancreáticas, responsáveis pela secreção de insulina, o que resulta na redução da capacidade secretora de insulina e deficiência grave do hormônio - muitas vezes irreversível. Os pacientes com Diabetes tipo 1 geralmente são magros, crianças ou adolescentes - embora também existam pacientes obesos e adultos que desenvolvem esse tipo da doença.
A hiperglicemia costuma ter início abrupto e atingir níveis muito elevados, com níveis acima de 300 mg/DL. Nos poucos casos adultos, a evolução do DM1 é bem mais lenta e gradual, até mesmo com boa resposta a hipoglicemiantes orais por vários meses ou anos (quadro conhecido como Diabetes autoimune latente do adulto, LADA).
O principal diagnóstico de DM1 acontece pela percepção do início abrupto de hiperglicemia grave pelo paciente. Cerca de 70 a 80% dos casos têm início antes dos 30 anos, com pico de incidência por volta dos 12 anos. Um dado laboratorial que pode ajudar a confirmar o diagnóstico é a presença de insulinopenia severa. O tratamento exige o uso diário de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose no sangue.
O Diabetes tipo 2 (DM2) corresponde a aproximadamente 90% dos casos no Brasil e no mundo e está associado, na maioria dos casos, a comorbidades como hipertensão arterial, dislipidemia, sobrepeso, obesidade e disfunção endotelial (síndrome metabólica).
Em pelo menos 80% deles há o diagnóstico de síndrome metabólica. O início desse tipo da doença é insidioso e assintomático por longos períodos. História familiar positiva para DM2 é encontrada em pelo menos 50% dos pacientes.
O diagnóstico de DM2, na maioria dos casos, é feito a partir dos 40 anos (85 a 90% do total de casos). Na últimas duas décadas, porém, pessoas mais jovens contraem a doença, inclusive crianças e adolescentes, especialmente os muito obesos. Em países onde a obesidade infantil é um problema extremamente comum, como os Estados Unidos, metade dos casos de Diabetes que se iniciam na adolescência é do tipo 2.
O tratamento consiste em identificar o grau de necessidade de cada pessoa e indicar, conforme cada caso, os seguintes medicamentos/técnicas: inibidores da alfaglicosidase, que impedem a digestão e absorção de carboidratos no intestino, sulfonilureias, que estimulam a produção pancreática de insulina pelas células, glinidas, que agem também estimulando a produção de insulina pelo pâncreas.
Você conhece alguma pessoa da família, amigo ou colega que convive com o Diabetes? Como é a qualidade de vida desta pessoa?