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Dermatoscopia das alopecias cicatriciais e não cicatriciais mais frequentes

Dermatoscopia das alopecias cicatriciais e não cicatriciais mais frequentes

Para falar sobre as primeiras elementares e dermatoses mais frequentes da pele, do cabelo e da unha, a equipe IPEMED preparou uma série de artigos que incluem algumas das dermatoses e tumores comuns na prática dermatológica, além de abordar os temas mais recentes em dermatoscopia. Serão 8 posts no blog, divididos por temas. Este é o sétimo post da série, escrito pela Dra. Maria de Fátima Maklouf Amorim. Boa leitura!

Alopecia

A perda de cabelo, também chamada de alopecia, é um problema comum e costuma ser uma fonte de muito sofrimento para os pacientes. O diagnóstico diferencial da doença inclui as alopecias cicatriciais e nãocicatriciais. Além disso, muitos distúrbios podem produzir fragilidade da haste capilar, resultando em diferentes padrões de alopecia. O diagnóstico imediato do tipo de alopecia pode, às vezes, ser extremamente desafiador. Os métodos comumente utilizados ​​para investigar podem ser invasivos, como a biópsia, semi invasivos, como o tricograma, ou não invasivos, como a contagem de fios de cabel, e teste de tração). Para exame do couro cabeludo, um dermatoscópio manual, com ampliação de ×10, ou um videodermatoscópio, com lentes de aumento de 20 a 100 vezes, podem ser utilizados.

Tricoscopia

O uso da dermatoscopia para avaliar uma série de doenças do cabelo e couro cabeludo é chamado de tricoscopia, um exame fundamental para o diagnóstico das tricopatias. Trata-se de uma ferramenta in vivo simples, não invasiva, para visualizar fios de cabelo e couro cabeludo. Recentemente, as alopecias foram classificadas de acordo com seus achados tricoscópicos. As estruturas observadas pela tricoscopia são:

  • Haste do cabelo (fio);
  • O orifício folicular (onde emerge o fio da pele);
  • Área peri e inter folicular
  • Os vasos do couro cabeludo.

Em relação a algumas das alterações da haste, os chamados pelos peládicos, pontos de exclamação são característicos da alopecia areata.

Alopecia areata, doença imunomediadas, não cicatricial / Arquivo pessoal

Uma das alterações da haste mais clássicas são os fios em formato de sacarrolha e em vírgula da tinha do couro cabeludo / Arquivo Pessoal

Em relação às aberturas foliculares na superfície da pele, são chamados de pontos ou dots, áreas que não há a presença do fio temporariamente ou permanente nos casos de alopecia cicatricial. O ponto mais frequente é o ponto amarelo, que é a ausência do fio e o preenchimento, no local da abertura folicular, de conteúdo da glândula sebácea e da camada de células ceratinizadas. Pontos amarelos são frequentes na alopecia areata, na fase em que não está repilando.

Alopecia areata (ponto amarelo) / Arquivo pessoal

Alopecia areata (ponto preto) / Arquivo pessoal

Alopecia cicatricial / Arquivo pessoal

Lúpus eritematoso / Arquivo pessoal

As escamas epidérmicas é um achado comum nas pessoas saudáveis e em várias desordens inflamatórias do couro cabeludo, como na psoríase e dermatite seborreica, descamação interfolicular.

O significado das anormalidades dos vasos sanguíneos observada na tricoscopia distingue tipos de vasos, incluindo vasos alongados (LPP), vasos arborizantes grossos (LECC) / Arquivo Pessoal

Foliculite decalvante / Arquivo pessoal

Lúpus eritematoso crônico / Arquivo pessoal

Moniletrix - cabelos em “conta de rosário” / Arquivo pessoal

A tricoscopia é indispensável para a boa prática em tricologia, e o ensinamento e treino nos sinais que definirão o diagnóstico requer prática e estudo constante.

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REFERÊNCIAS
  1. DOI: 10.1016/j.jaad.2014.05.008
  2. DOI: 10.4103/0974-7753.130385
  3. DOI: 10.1111/jdv.15421
  4. Tosti A and Torres F. Dermoscopy in the Diagnosis of Hair and Scalp Disorders.Actas Dermosifiliogr.2009;100:Supl.1:10104-0-9)

Texto elaborado pela Dra. Maria de Fátima Maklouf Amorim.

Médica dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia em parceria com a Associação Médica Brasileira. Mestre em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo. Coordenadora da pós-graduação de Dermatologia, tricologia e dermatologia estética da Faculdade IPEMED. Dermatologista com aprimoramento na área de tricologia.