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Condropatia patelar: tire suas principais dúvidas

Condropatia patelar: tire suas principais dúvidas

A condropatia patelar, ou síndrome da dor patelofemoral, é uma condição que impacta significativamente a qualidade de vida dos pacientes, pois limita a mobilidade. Isso ocorre porque afeta a articulação do joelho, alterando a cartilagem da patela, o osso em forma de disco localizado na frente do joelho, conhecido como rótula.

Para esclarecer eventuais dúvidas sobre essa condição, este artigo apresenta as principais informações relacionadas às alterações dos joelhos. A seguir, você entenderá melhor o conceito de condropatia patelar, suas causas, sintomas e os tratamentos que podem ser adotados. Saiba também como essa alteração pode ser evitada. Confira!

O que é a condropatia patelar?

Embora condromalácia patelar e condropatia patelar sejam termos usados para se referir a lesões na cartilagem da patela, é importante destacar que eles não se referem à mesma condição.

A condromalácia patelar refere-se ao amolecimento e desgaste da cartilagem, que pode ocorrer em diferentes graus. Por outro lado, a condropatia patelar é um termo mais amplo que abrange diversos tipos de lesões na cartilagem patelar, incluindo a condromalácia.

Ambas as condições podem ser provocadas por problemas biomecânicos, lesões ou fatores degenerativos, tais como:

  • alterações anatômicas ou estruturais — que podem comprometer o encaixe da patela com o fêmur, provocando dores nas áreas de contato entre eles;
  • atividades de alto impacto — que causam estresse repetitivo, como em corridas, saltos e crossfit, assim como atividades com excesso de peso;
  • condições subjacentes — artrite e condições multifatoriais que podem interagir e provocar alterações no joelho;
  • degeneração — mais comum em pessoas idosas, contudo pode ocorrer em jovens;
  • desalinhamento patelar — em pessoas com predisposição genética;
  • exercícios realizados de maneira incorreta;
  • falta de alongamento;
  • aspectos biomecânicos (fraqueza muscular ou desequilíbrio) — que modificam a área de contato da patela com o fêmur;
  • sobrepeso e obesidade.

Além desses fatores, a condropatia pode ocorrer sem nenhuma causa aparente.

Como a condropatia se manifesta?

A condropatia patelar pode se manifestar em diferentes graus, dependendo do comprometimento da cartilagem, conforme especificamos a seguir:

  • Grau I – amolecimento da cartilagem sem apresentar fissuras;
  • Grau II – com fissuras que atingem a camada superficial, menores que 50% da espessura da cartilagem;
  • Grau III – apresenta fissuras profundas que envolvem mais de 50% da espessura da cartilagem.
  • Grau IV – com fissuras profundas que atravessam a cartilagem e deixam exposto o osso subcondral (localizado abaixo da cartilagem).

Os sintomas incluem:

  • artralgia ao agachar;
  • aumento da sensibilidade no joelho em dias frios;
  • crepitações/estalos (barulhos internos);
  • dificuldade para descer e subir escadas;
  • dor na região anterior do joelho — que podem se manifestar ao ajoelhar, permanecer muito tempo em pé e usar salto alto;
  • dor no joelho — causada por esforços físicos ou por permanecer longos períodos na posição sentada;
  • edema e sensibilidade na região patelar.
  • sensações de instabilidade ou fraqueza.

Como tratar a condropatia?

O tratamento da condropatia pode ser realizado por meio de medicamentos, fisioterapia e, em alguns casos, cirurgia, dependendo do tipo e grau da lesão, conforme abordado a seguir.

Tratamento medicamentoso

O tratamento medicamentoso pode incluir:

  • anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) para alívio da dor e inflamação;
  • injeções de corticosteroides para os casos refratários.
  • suplementos de condroitina e glucosamina.

Tratamento cirúrgico

Para os casos em que os tratamentos não apresentam os resultados esperados, os seguintes tipos de intervenções cirúrgicas são indicados:

  • artroscopia — adotada para remoção de fragmentos de cartilagem soltos e suavização das superfícies articulares.
  • realinhamento patelar — usado para corrigir a trajetória da patela.
  • transplante de cartilagem ou técnicas de microfratura — para o estímulo do crescimento de nova cartilagem.

Medicina regenerativa

A medicina regenerativa tem se mostrado um meio promissor para o tratamento da condropatia patelar, oferecendo avanços significativos que potencializam a recuperação dos pacientes. Nesse contexto, a terapia com plasma rico em plaquetas (PRP) destaca-se como uma das técnicas mais relevantes. Ela envolve a coleta do sangue do próprio paciente, a concentração das plaquetas por meio de centrifugação e a injeção do concentrado na articulação.

As plaquetas são utilizadas para liberar fatores de crescimento que estimulam a reparação tecidual e reduzem a inflamação, proporcionando uma recuperação mais eficiente e rápida.

Outro avanço importante é o uso de células-tronco mesenquimais, obtidas da medula óssea ou do tecido adiposo do paciente. Essas células possuem a capacidade de se diferenciar em diversos tipos celulares, incluindo cartilagem, facilitando a regeneração do tecido danificado.

Além dessas abordagens, pode-se aplicar ácido hialurônico diretamente na articulação para melhorar a lubrificação e a absorção de impactos, aumentando a mobilidade e aliviando a dor.

Esses tratamentos regenerativos não apenas oferecem alívio sintomático, mas também promovem a regeneração e a integridade estrutural da cartilagem. Dessa forma, representam uma abordagem inovadora e menos invasiva quando comparada às opções cirúrgicas tradicionais.

Fisioterapia

A fisioterapia desempenha um papel fundamental no tratamento da condropatia patelar. Ela contribui para o fortalecimento dos músculos do joelho, melhora a biomecânica, reduz a dor e potencializa a função articular.

Esse tratamento pode variar conforme a gravidade dos sintomas, a causa subjacente e a resposta individual do paciente. A seguir, apresentamos algumas das principais técnicas e abordagens utilizadas na fisioterapia para o tratamento da condropatia patelar.

Treinamento para equilíbrio e propriocepção

Treinar o equilíbrio e a propriocepção ajuda a prevenir lesões e a melhorar a estabilidade do joelho. Isso é possível porque esse tipo de fisioterapia desenvolve o reconhecimento espacial do corpo.

Terapia manual

Também é possível usar técnicas de terapia manual que podem ser aplicadas para melhorar a circulação sanguínea, aliviar a dor e promover a cura. Isso pode ser feito com massagens, manipulação e liberação miofascial.

Exercícios de fortalecimento

Os exercícios específicos de fortalecimento dos músculos do quadríceps, isquiotibiais e glúteos visam a melhoria da estabilidade do joelho e da biomecânica da articulação, bem como a redução da carga sobre a patela.

Alongamento e mobilização

Os movimentos de alongamento podem ser indicados para melhorar a flexibilidade dos tendões e dos músculos ao redor do joelho. A mobilização articular também pode ajudar a potencializar a mobilidade da articulação.

Reabilitação gradual

Dependendo do grau da lesão, também é possível indicar um programa de fisioterapia progressivo. Para isso, o fisioterapeuta inicia as sessões com exercícios de baixa intensidade e vai aumentando gradualmente a intensidade, acompanhando o ganho de força e resistência do paciente.

O que pode ser feito para evitar a condropatia?

Para prevenir a condropatia é recomendado:

  • adotar calçados adequados para cada tipo de atividade física.
  • corrigir desequilíbrios musculares e alinhamento biomecânico.
  • evitar o aumento repentino na intensidade ou volume de treino.
  • manter a flexibilidade dos músculos isquiotibiais e gastrocnêmios.
  • fazer um programa de fortalecimento muscular, focando nos músculos do core e dos quadríceps.

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Como vimos, a condropatia patelar pode impactar de maneira significativa a vida dos pacientes. Esperamos que as informações trazidas neste artigo tenham conseguido esclarecer eventuais dúvidas sobre o assunto.

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