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9.1.2024
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A obstrução do trato intestinal, condição que pode ser causada por uma série de doenças, provoca desde dor abdominal intensa até infecções graves. Diante desse quadro, é comum que o paciente seja submetido a uma colostomia ou ileostomia, a fim de permitir a saída das fezes e demais resíduos do seu corpo.
Embora esses dois procedimentos tenham o mesmo objetivo, possuem diferenças, tendo em vista que são realizados em locais distintos do sistema digestivo. Entender como se diferem é fundamental para escolher o método mais adequado para cada pessoa que necessita de uma ostomia.
Quer saber mais? Neste post, vamos explicar como funcionam a colostomia e a ileostomia. Confira!
As ostomias ou estomias são definidos como procedimentos cirúrgicos que realizam uma abertura na parede intestinal com a finalidade de eliminar os resíduos diretamente do intestino para o exterior do corpo.
Elas podem ser classificadas em diferentes tipos, dependendo da porção específica do trato intestinal na qual são realizadas, como é o caso da colostomia e ileostomia. Geralmente, esses procedimentos são realizados diante de doenças do intestino, que impedem o seu pleno funcionamento, como câncer intestinal.
A partir das ostomias é possível desviar de forma temporária ou permanente o curso normal das fezes, o que proporciona ao paciente uma maneira alternativa de excreção para melhorar a sua qualidade de vida.
A colostomia consiste na abertura que é feita no cólon, ou seja, no intestino grosso, por meio do abdômen. Assim, a matéria fecal pode contornar o local do cólon que se encontra doente no momento.
Esse procedimento pode ser efetuado em diferentes partes do intestino grosso, como no sigmoide, cólon ascendente, descendente e transverso.
Já a ileostomia é uma abertura feita no intestino delgado, que fica entre o estômago e o intestino grosso, para a passagem das fezes. A técnica tem esse nome por ser realizada entre o íleo, onde está a parte de baixo do intestino delgado, e o meio exterior.
Nessa técnica, o bolo fecal e gases não passam pelo cólon, nem pelo reto, são coletados através de uma bolsa fixada na barriga.
Para fazer a colostomia, é efetuada uma incisão na parede abdominal, de modo a deixar o cólon exposto. Na sequência, uma parte dele é trazida à superfície, formando um estoma, onde colón será fixado à parede abdominal para evitar que ocorram movimentos excessivos. Caso seja necessário, uma bolsa coletora é conectada ao estoma para coletar as fezes.
A realização da ileostomia requer uma incisão na parede abdominal com o intuito de expor o íleo. Em seguida, cria-se um estoma que conecta o íleo à superfície da pele. Na maioria dos casos, é colocada uma bolsa coletora para coletar e gerenciar a eliminação dos resíduos do corpo.
A escolha entre colostomia e ileostomia está alicerçada na complicação identificada no intestino do paciente. Para situações em que é preciso fazer a remoção ou contorno do cólon distal, ânus ou reto, não havendo a opção de restaurar de imediato a conexão entre o sistema digestivo, a colostomia é o método mais indicado.
Entre as doenças que podem causar esse quadro estão a diverticulite, câncer em cólon descendente, reto ou sigmoide, defeitos congênitos, paralisia e obstrução intestinal, e doenças inflamatórias intestinais (DII).
Enquanto a ileostomia é indicada para casos em que é imprescindível remover ou contornar o intestino grosso completamente ou para resguardar uma anastomose ileoanal ou coloanal.
Tal necessidade pode ser observada em pessoas com DII, polipose familiar, e complicações causadas por câncer.
Tanto a colostomia quanto a ileostomia podem ser realizadas em caráter temporário ou permanente. A primeira depende do estado de preservação do esfíncter anorretal, o que significa que quanto mais preservado estiver o músculo anal, menor é a probabilidade de necessidade de uma colostomia permanente.
A segunda se baseia no estado de conservação do aparelho colorretal. Portanto, se este órgão estiver bem preservado, há menos chances de a ileostomia ser ininterrupta.
Muitas vezes, a colostomia temporária é adotada para aliviar a pressão no cólon distal em casos de obstrução ou perfuração, ou para auxiliar na cicatrização de feridas nas alças intestinais e em infecções perianais.
A colostomia permanente é mais recorrente em idosos ou pessoas que têm maior risco de ter quadros graves de desidratação, para as quais a ileostomia não é segura.
Por sua vez, a ileostomia temporária costuma ser feita em pacientes que estão utilizando medicamentos que retardam a recuperação de feridas ou precisam proteger anastomoses localizadas perto do reto.
A técnica permanente de ileostomia é aplicada em indivíduos que sofrem de doença de Crohn, que não tenham características que indiquem a necessidade de uso de bolsa de ostomia no futuro.
Os riscos associados à colostomia e ileostomia incluem possíveis complicações cirúrgicas, como infecção, sangramento, formação de hérnias ou problemas na cicatrização da incisão. Além disso, ambos os procedimentos podem apresentar riscos específicos relacionados à função do estoma, como:
Para a colostomia, há o perigo de mudanças na consistência das fezes, dependendo da porção do cólon desviada, e a possibilidade de desenvolver problemas no cólon remanescente. Já na ileostomia, pode haver desafios, como a necessidade de lidar com fezes mais líquidas e a possível ocorrência de complicações específicas do íleo.
Embora esses riscos existam, muitos pacientes se adaptam bem aos procedimentos, e a supervisão médica adequada durante o pós-operatório ajuda a minimizar potenciais ameaças.
A recuperação dos pacientes submetidos a colostomia ou ileostomia varia, mas geralmente compreende uma fase inicial de adaptação emocional e física. Nos primeiros dias após a cirurgia, os cuidados incluem a monitorização da função do estoma, o controle da dor e a instrução sobre a aplicação adequada da bolsa coletora. Gradualmente, eles aprendem a gerenciar a ostomia e a se adaptarem às mudanças na eliminação de fezes, além de incorporar uma dieta adequada.
A higiene regular é essencial para prevenir irritações na pele ao redor do estoma. Também é preciso fazer a escolha adequada da bolsa coletora de acordo com a consistência das fezes, e a manutenção de uma dieta balanceada para evitar dificuldades nutricionais.
A educação contínua do paciente sobre o autocuidado, juntamente com o apoio emocional, facilitam a sua recuperação e asseguram uma qualidade de vida satisfatória após a adaptação ao novo sistema de eliminação.
Achou este post sobre estomias interessante?
A colostomia e a ileostomia são procedimentos distintos no qual uma abertura é criada no sistema digestivo para desviar a eliminação de fezes do percurso normal. A principal diferença reside no local da abertura: a primeira envolve o cólon, enquanto a segunda envolve o íleo ou intestino delgado.
Essas intervenções são cruciais para as pessoas que estão tratando complicações no intestino possam estabelecer uma excreção saudável de resíduos, minimizando sintomas e prevenindo problemas adicionais.
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