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Carteira vacinal do idoso: como deve ser a imunização

Carteira vacinal do idoso: como deve ser a imunização

A vacinação é uma ferramenta imprescindível para o combate e a prevenção de diversas doenças, contribuindo para a proteção individual e coletiva. Ela é especialmente importante para crianças e idosos, grupos mais vulneráveis a complicações de saúde. Manter a carteira vacinal do idoso atualizada é um cuidado essencial para garantir uma vida mais longa e saudável.

Vacinas como a da gripe são ofertadas anualmente para as pessoas acima de 60 anos de idade. O calendário vacinal pode variar de acordo com a prevalência de doenças no Brasil, especialmente as infecciosas. Manter-se atualizado sobre essas alterações garante um cuidado mais eficaz com essa população.

Neste post, vamos abordar como deve ser feita a imunização de idosos e qual a sua importância. Confira.

Qual o panorama da população idosa no Brasil?

Segundo o Censo de 2022, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de idosos aumentou em 57,4% em nosso país nos últimos 12 anos, o que significa que os brasileiros estão vivendo mais.

O levantamento revela que, para cada 100 crianças na faixa de 0 a 14 anos, há 55,2 pessoas acima de 65 anos, cenário que evidencia um envelhecimento da população.

De acordo com o Ministério da Saúde, a maioria das pessoas idosas é diagnosticada com doenças crônicas não transmissíveis. Em torno de 25,1% têm diabetes, 18,7% são obesas, 66,8% estão acima do peso e 57,1% têm pressão alta, condições que podem ser agravadas quando o indivíduo contrai vírus como o da influenza ou covid-19.

Qual a importância da vacinação para idosos?

A aplicação de vacinas salva vidas. No primeiro semestre e no início da segunda metade de 2024, foram registradas 7 mil mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo que 25% desses óbitos foram causados por covid-19, com maior incidência em pessoas acima de 60 anos, segundo dados do Ministério da Saúde.

Com o envelhecimento, o sistema imunológico se torna menos eficiente, aumentando a vulnerabilidade a infecções e agravando patologias preexistentes. Nesse contexto, vacinas como a da gripe, pneumocócica e contra o coronavírus ajudam a reduzir a incidência de doenças graves, internações hospitalares e até mortalidade, fornecendo uma camada adicional de proteção e segurança para a saúde dos pacientes idosos.

Além disso, a vacinação contribui para a preservação da autonomia e do bem-estar desses indivíduos. Ao evitar processos infecciosos que podem desencadear complicações severas, a imunização permite ao idoso manter uma vida ativa e saudável por mais tempo.

Como funciona o novo cronograma vacinal do idoso?

A carteira vacinal do idoso consiste no conjunto de vacinas recomendadas especificamente para as pessoas com 60 anos ou mais. A fim de promover a saúde dessa comunidade, foram acrescentados novos imunizantes a ela recentemente. Entenda, a seguir, quais foram as últimas atualizações feitas.

Vacinas recomendadas para idosos

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) atua na definição de quais vacinas devem ser tomadas por cada grupo populacional. As proteções destinadas aos idosos incluem:

  • vírus sincicial respiratório (VSR);
  • coqueluche;
  • herpes zóster;
  • gripe;
  • covid-19;
  • difteria;
  • pneumonia;
  • febre amarela (para quem ainda não foi vacinado);
  • tétano;
  • hepatite B.

Atualizações e novidades

Em 2024, as vacinas da gripe, vírus sincicial respiratório e herpes zóster passaram por atualizações, tornando-se mais potentes no combate aos agentes infecciosos. Veja o que mudou em cada uma delas.

Imunizante quadrivalente de alta concentração para influenza

Antigamente, eram ofertados apenas dois tipos de vacina para influenza: a trivalente e a quadrivalente. A partir de agora, também será disponibilizada a quadrivalente de alta concentração, que contém o vírus inativado em uma quantidade quatro vezes maior em relação às outras duas opções.

Esse fator assegura mais eficiência na proteção do sistema imunológico do idoso contra a gripe, tendo em vista que eleva a sua exposição ao antígeno, melhorando a resposta à substância.

Para tanto, ela será aplicada uma vez por ano, seguindo o mesmo esquema das vacinas padrão para influenza. Após a administração da sua dose, podem ocorrer mal-estar, mialgia e dor no local em baixa intensidade.

Acréscimo da vacina para VSR

Uma das principais inovações da carteira vacinal é o acréscimo da vacina para VSR, um vírus altamente contagioso que pode levar a quadros de infecções respiratórias severos, especialmente em pacientes que apresentam problemas cardíacos, pulmonares, doenças renais e hepáticas e diabetes.

Atualmente, ela está disponível somente na saúde privada, por um valor aproximado de R$ 1.600,00. Prescrita em dose única, pode ser aplicada a qualquer momento, sem restrições de sazonalidade.

Proteção contra herpes zóster para imunossuprimidos

A antiga vacina contra herpes zóster era fabricada com vírus atenuado, o que a tornava inadequada para pessoas imunossuprimidas, já que ela utilizava uma versão enfraquecida do vírus.

No entanto, o novo imunizante abrange essa parcela da população, permitindo que um número maior de idosos se proteja. Para isso, são recomendadas duas doses, respeitando um período de dois meses entre cada aplicação. Atualmente, essa vacina pode ser encontrada na rede privada.

Quem pode tomar as vacinas para idosos?

Embora as vacinas desempenhem um papel importante na promoção da saúde dos idosos, nem sempre eles podem receber todos os imunizantes. É importante que cada caso seja avaliado por um médico. Algumas condições podem contraindicar determinadas vacinas, por exemplo, os indivíduos que estão passando por tratamentos que afetam o sistema imunológico, como quimioterapia, ou aqueles com alergias graves a componentes de certos imunizantes.

Outro ponto importante é verificar o bem-estar geral do paciente no momento de se vacinar. Se ele estiver com febre ou enfrentando uma infecção aguda, o ideal é adiar a aplicação até a melhora dos sintomas. Dessa forma, o organismo estará funcionando com total capacidade para responder de maneira eficaz à imunização.

Após a vacinação, também é necessário observar o vacinado pelo período de 15 a 30 minutos, a fim de identificar possíveis reações adversas, além de incentivá-lo a ingerir líquidos e fazer repouso nas horas seguintes para minimizar desconfortos. Se surgirem efeitos intenso e persistentes, é necessário buscar ajuda médica rapidamente.

Seguir as recomendações da carteira vacinal do idoso é uma iniciativa fundamental para a promoção da qualidade de vida e da longevidade na terceira idade. Essa atitude previne doenças e o agravamento de patologias crônicas. Para que mais pessoas sejam atendidas, os profissionais de saúde devem criar um ambiente de confiança, incentivando a população idosa e suas famílias a priorizarem essa estratégia de autocuidado.

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