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29.1.2024
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Equipe Afya Educação Médica
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A calvície, termo que abrange diversas formas de perda de cabelo, é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, impactando não apenas a saúde capilar, mas também a autoestima e o bem-estar emocional.
Essas condições podem ter causas diversas, que vão desde fatores genéticos até questões hormonais e autoimunes. Por isso, é importante não só reconhecê-las, como também entender as abordagens de tratamento que podem ser úteis.
Nas próximas linhas, vamos explorar as diferentes formas de alopecia, suas causas subjacentes e as opções de tratamento disponíveis para que você possa ajudar aqueles que enfrentam esse desafio capilar. Boa leitura!
A calvície, também conhecida como alopecia, é uma condição caracterizada pela perda de cabelo, principalmente no couro cabeludo, mas que também pode atingir outras regiões do corpo. É a forma mais comum de queda ou afinamento de cabelo em homens e mulheres.
Os vários tipos de perda de cabelo podem ter origens diversas. A alopecia androgenética, a forma mais comum, resulta da predisposição genética combinada com a influência de hormônios, especialmente a dihidrotestosterona (DHT).
A alopecia areata, por sua vez, é uma condição autoimune. Isso significa que os folículos capilares são erroneamente atacados pelo próprio organismo, sofrendo danos. Já causas como estresse, deficiências nutricionais, condições médicas crônicas, tratamentos medicamentosos, e fatores genéticos podem contribuir para a alopecia telógena.
Há ainda a alopecia cicatricial, que envolve a destruição permanente dos folículos capilares, muitas vezes resultante de inflamação. Outros tipos, como a traumática e a por tração, têm origens comportamentais, relacionadas a práticas agressivas de penteados ou manipulação do cabelo.
O diagnóstico preciso é crucial para direcionar abordagens terapêuticas específicas, que variam desde medicamentos até procedimentos cirúrgicos, dependendo da causa e do tipo de calvície.
Agora, confira os principais tipos de alopecia e as características de cada um deles!
A calvície de padrão masculino (CPM) é o tipo mais comum de calvície em homens. A perda de cabelo ocorre principalmente nas têmporas e no topo da cabeça, formando a característica "coroa careca".
Da mesma forma, a calvície de padrão feminino (CPF) é a mais comum entre as mulheres, mas é geralmente acompanhada de um afinamento difuso dos cabelos em toda a cabeça, sem um padrão específico como na CPM.
A alopecia areata é uma condição autoimune em que o sistema imunológico ataca erroneamente os folículos capilares, levando à perda de cabelo. Pode ocorrer em qualquer parte do corpo, mas é mais comum no couro cabeludo.
Nesse tipo de alopecia os folículos capilares são destruídos e substituídos por tecido cicatricial. Pode resultar em perda permanente de cabelo. Pode ser causada por condições como lúpus, líquen plano e algumas infecções.
Aqui a perda de cabelo é causada por trauma físico, como penteados apertados, tranças ou rabos de cavalos, hábitos de puxar o cabelo ou uso excessivo de calor e produtos químicos agressivos.
Chamada também de eflúvio telógeno, ela ocorre quando um grande número de folículos capilares entra prematuramente na fase telógena (fase de repouso), levando a uma queda excessiva de cabelo. Pode ser desencadeada por eventos como cirurgia, gravidez, estresse severo ou doenças crônicas.
A calvície masculina e a feminina são formas distintas de perda de cabelo que afetam homens e mulheres, respectivamente. Aqui estão algumas das principais diferenças entre essas duas condições!
A calvície masculina geralmente segue um padrão específico, começando com a recessão das têmporas, formando a conhecida "linha do cabelo em forma de M", e avançando para o topo da cabeça, criando a característica "coroa careca".
Já a feminina se manifesta de maneira diferente. O afinamento dos cabelos é mais difuso em toda a cabeça, sem um padrão específico. As mulheres podem notar uma perda de volume e densidade capilar, mas apresentam raramente as características da forma masculina.
As áreas mais comumente afetadas na calvície masculina são as têmporas, a linha do cabelo e o topo da cabeça. O cabelo nas laterais e na parte de trás geralmente permanece intacto. Na feminina, há um afinamento dos fios de toda a cabeça, com perda de volume.
A calvície masculina tende a progredir ao longo do tempo, com o afinamento do cabelo nas áreas afetadas. O mesmo ocorre com a feminina, mas de modo mais lento, mais sutil e menos perceptível do que nos casos que afetam os homens.
O diagnóstico da alopecia, independentemente do tipo, geralmente envolve uma avaliação clínica completa realizada por um dermatologista ou especialista em cabelos, o tricologista. A seguir, estão os passos gerais envolvidos no diagnóstico da alopecia.
O médico começa obtendo um histórico médico detalhado do paciente, incluindo informações sobre padrões de perda de cabelo, histórico do paciente e de seus familiares, condições de saúde, medicamentos em uso e eventos que possam ter desencadeado a queda de cabelo.
Um exame físico do couro cabeludo é essencial para avaliar a extensão e o padrão da perda de cabelo. O médico pode usar um dispositivo de aumento, chamado dermatoscópio, para examinar os folículos capilares de perto.
Em alguns casos, o profissional pode solicitar exames laboratoriais para avaliar os níveis hormonais, função da tireoide, deficiências nutricionais e outros fatores que podem contribuir para a perda de cabelo. É sempre importante descartar qualquer causa que simule os sintomas da alopecia.
Se houver suspeita de tricotilomania (hábito de arrancar o próprio cabelo) ou outras causas comportamentais, o médico pode fazer perguntas específicas sobre comportamentos relacionados ao cabelo.
Em alguns casos, especialmente quando há dúvidas sobre a causa da alopecia, pode ser realizada uma biópsia do couro cabeludo. Este procedimento envolve a remoção de uma pequena amostra de tecido para análise microscópica.
Em casos específicos, imagens diagnósticas como a tricoscopia (exame do couro cabeludo com um dispositivo óptico) podem ser usadas para avaliar detalhes específicos dos folículos capilares.
Agora que você já relembrou ou conheceu as principais características e formas de diagnosticar a alopecia, chegou a hora de entender mais sobre os possíveis tratamentos para esse tipo de problema. Confira!
Os casos de alopecia androgenética podem ser tratados com o objetivo de retardar a progressão do problema, além de potencialmente reduzir os seus efeitos. Um dos exemplos é o minoxidil, um medicamento tópico que pode ser aplicado diretamente no couro cabeludo para estimular o crescimento capilar.
Além disso, há medicamentos como a finasterida, dutasterida e espironolactona, que agem inibindo a ação do hormônio dihidrotestosterona (DHT), frequentemente associado à calvície androgenética. E, claro, há a possibilidade de realização do transplante capilar, sobre o qual falaremos mais à frente.
Nesse caso, são utilizados corticosteróides tópicos ou injetáveis, que podem ser usados para reduzir a resposta imunológica que ataca os folículos capilares. Além disso, a terapia com luz ultravioleta pode ser recomendada em alguns casos.
Se a alopecia cicatricial for causada por uma condição médica específica, o tratamento se concentra em abordar essa condição. Em alguns casos, pode ser necessário realizar procedimentos cirúrgicos para remover áreas cicatriciais e restaurar a aparência do couro cabeludo.
A principal abordagem é interromper os comportamentos que estão causando a tração, como penteados apertados, uso excessivo de extensões ou mudança de hábitos não intencionais de puxar o cabelo.
Em alguns casos, a alopecia induzida por medicamentos pode ser revertida ao descontinuar ou ajustar a medicação. No entanto, quando isso não é possível, como pacientes em tratamento de quimioterapia, é possível optar por perucas ou outras soluções de cabelo temporárias.
Como vimos, o transplante capilar é uma possibilidade para quem quer tratar a alopecia. Ele é um procedimento cirúrgico que envolve a transferência de folículos capilares de áreas doadoras para áreas receptoras no couro cabeludo.
Essa técnica é frequentemente utilizada para tratar a calvície de padrão masculino, a calvície de padrão feminino e outras formas de alopecia quando outros tratamentos não são suficientemente eficazes.
Aqui estão os passos gerais de como funciona o transplante capilar!
Antes do procedimento, o paciente passa por uma consulta inicial com o cirurgião para discutir expectativas, avaliar a área doadora e determinar o plano de tratamento.
A área doadora é geralmente localizada na parte de trás ou nas laterais da cabeça, onde os folículos capilares são geneticamente programados para serem resistentes à queda de cabelo.
Existem duas principais técnicas de extração:
Os folículos capilares extraídos são preparados para o transplante. Isso envolve a separação dos folículos individuais e sua classificação segundo o número de cabelos contidos em cada unidade folicular.
Na área receptora, o cirurgião cria pequenos orifícios ou canais onde os folículos capilares serão implantados. A angulação e a densidade desses canais são cuidadosamente planejadas para garantir um resultado natural.
Os folículos capilares preparados são então delicadamente implantados nos canais criados na área receptora. O cirurgião cuida para posicionar os folículos capilares de maneira que o cabelo cresça naturalmente e se misture ao restante do cabelo existente.
Após o transplante, a área doadora geralmente requer pontos ou curativos para ajudar na cicatrização. A recuperação varia, mas muitos pacientes conseguem retomar suas atividades normais em poucos dias.
O cabelo transplantado geralmente cai nos primeiros dias ou semanas após o procedimento, mas os folículos permanecem ativos. O novo cabelo começa a crescer nos meses seguintes, e o resultado é observado após um ano ou mais.
O transplante capilar é uma opção para pessoas que experienciam a perda de cabelo permanente, especialmente aquelas causadas pela calvície de padrão masculino e feminino. Indivíduos que têm áreas doadoras adequadas, geralmente na parte de trás ou nas laterais da cabeça, nas quais os folículos capilares são geneticamente programados para serem resistentes à queda de cabelo, são bons candidatos para o procedimento.
Além disso, é essencial que os pacientes estejam em boa saúde geral, sem condições médicas que possam interferir na cicatrização. Por isso, são feitos alguns exames pré-procedimento para avaliar se tudo está bem com o organismo do paciente.
Cada caso é único, e a avaliação de um profissional de saúde especializado em restauração capilar é fundamental para determinar a elegibilidade e criar um plano de tratamento personalizado.
Sim, existem algumas contraindicações para o transplante capilar, e nem todas as pessoas são consideradas candidatas ideais para o procedimento.
Indivíduos com condições médicas graves, como doenças cardíacas não controladas, diabetes descompensada ou problemas significativos de coagulação sanguínea, podem não ser considerados candidatos adequados.
Além disso, ele é mais comumente realizado em adultos, geralmente após os 25 anos, quando o padrão de perda de cabelo está mais estabilizado. E, por fim, em alguns casos, a área doadora pode ser inadequada ou limitar a eficácia do procedimento.
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Como podemos ver, a calvície é um problema multifatorial, que afeta a autoestima das pessoas afetadas de maneira muito intensa. Felizmente, há tratamentos que visam retardar a progressão da alopecia ou resolver o problema quase que em sua totalidade, como é o caso do transplante capilar.
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