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Alzheimer precoce: entenda as causas

Alzheimer precoce: entenda as causas

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, classificada como um tipo de demência, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, cerca de 1,2 milhão de pessoas vivem com alguma forma de demência e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano. Desse total, cerca de 40% a 60% dos diagnósticos são Alzheimer.

Embora esteja comumente associado aos idosos, o Alzheimer não é uma consequência normal da idade. Além disso, algumas pessoas vivem com a doença em sua fase precoce, na qual os sintomas aparecem entre 30 e 64 anos.

Neste artigo, explicaremos o panorama geral do Alzheimer precoce, suas causas, fatores de riscos, tratamento e medidas de prevenção. Acompanhe a leitura e saiba mais!

O que é a doença de Alzheimer?

Trata-se de uma doença neurológica degenerativa, progressiva e fatal que se manifesta por meio da deterioração das funções cognitivas e da memória, do comprometimento das atividades diárias e de alterações comportamentais. Ou seja, ela afeta a capacidade cognitiva, memória e habilidades de pensamento de uma pessoa.

Suas causas ainda não são totalmente compreendidas, mas envolvem uma combinação complexa de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida. Sendo assim os fatores de risco para a doença de Alzheimer incluem envelhecimento, histórico familiar da doença, genética, histórico de lesões cerebrais, hipertensão arterial e diabetes.

A doença pode se manifestar gradualmente, com sintomas leves no início, tornando-se progressivamente mais grave, sendo seus principais sintomas:

  • Perda de memória e dificuldade em lembrar informações recentes e passadas;
  • Confusão e desorientação no tempo e espaço;
  • Dificuldade de comunicação;
  • Mudanças de personalidade e comportamento, a partir de alterações de humor e comportamento social.

Em que consiste o Alzheimer precoce e quais as causas?

O Alzheimer precoce, ou “demência pré-senil”, é uma forma incomum da doença que afeta pessoas abaixo dos 65 anos. No início precoce, a condição pode ser confundida com outras doenças, sobretudo psiquiátricas, justamente pelo fator da idade.

Em geral, a doença está relacionada a alterações genéticas hereditárias, com mutações específicas relacionadas a genes como APP, PSEN1 e PSEN2. Esses genes estão ligados a uma proteína tóxica, conhecida como beta-amilóide, que invade os neurônios e os espaços que existem entre eles.

Essa toxicidade causa a perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o córtex cerebral, responsável pela linguagem e raciocínio, e o hipocampo, que controla a memória. Por isso, é fundamental observar o histórico familiar e outros fatores de risco que podem afetar indiretamente o desenvolvimento e a progressão da doença.

Quais os principais sintomas da doença?

Os sintomas do Alzheimer precoce são semelhantes aos da forma convencional, incluindo perda de memória, confusão mental, dificuldade de comunicação e mudanças de comportamento. No entanto, pacientes com demência precoce tendem a apresentar outros sintomas, como:

  • dificuldade de atenção e de de aprendizagem;
  • menor capacidade de imitar gestos das mãos;
  • piora da consciência espacial;
  • irritabilidade em excesso;
  • dificuldade em realizar contas simples;
  • dificuldade de reconhecer rostos e pessoas;
  • guardar objetos em lugares impróprios;
  • dificuldade em planear ou resolver problemas;
  • perda da noção de tempo e desorientação;
  • perder a capacidade de seguir indicações verbais ou escritas.

Além disso, algumas pessoas também podem sofrer um aumento da ansiedade antes do diagnóstico definitivo. Isso pode acontecer por causa das alterações que acontecem sem uma razão clara. As pessoas podem pensar que essas mudanças de comportamento são temporárias e emocionais, o que atrasa a avaliação médica.

Por isso, devido à sua manifestação em idade mais jovem, as consequências costumam ser mais impactantes e os pacientes podem enfrentar desafios na carreira, relacionamentos e vida cotidiana.

Então, o ideal é consultar um profissional sempre que surgirem sinais e existir histórico familiar da doença, já que o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso no tratamento e hoje existem diversas tecnologias capazes de diagnosticar o Alzheimer. Como médico generalista, caso possua suspeita do diagnóstico, é essencial encaminhar o paciente ao especialista.

Como é realizado o diagnóstico da doença?

O diagnóstico do Alzheimer precoce é feito pelo médico neurologista e envolve avaliação clínica dos sintomas e do histórico familiar, testes de memória e cognição para identificar mutações associadas à doença.

Dependendo dos resultados, o profissional poderá solicitar exames mais detalhados com apoio de biomarcadores, como tomografia e ressonância magnética do cérebro, que conseguem demonstrar o processo de destruição das células nervosas.

É importante ressaltar que, por ser uma doença ainda sem cura, sua identificação precoce ajuda o paciente a ter mais qualidade de vida durante o tratamento, assim como retardar a progressão dos sintomas.

Além disso, o diagnóstico é necessário para que tanto o paciente quanto os familiares e amigos entendam determinadas ações, como mudanças de humor e de comportamento, e possam agir com empatia.

Qual o tratamento para Alzheimer precoce?

Como mencionamos, até o momento, não existe cura para o Alzheimer. Porém, com diagnóstico precoce e tratamento apropriado, é possível aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente, uma vez que os processos neurodegenerativos começam até duas décadas antes das primeiras manifestações clínicas.

Esse tratamento deve ser orientado por uma equipe multidisciplinar, com médicos, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista e terapeuta ocupacional, para ajudar a reduzir os sintomas e as complicações, como também retardar a evolução da doença.

Nesse caso, a intervenção inclui medicamentos para retardar a progressão da doença, terapia ocupacional e apoio psicológico. Vale destacar que, apesar de o Alzheimer precoce ser mais desafiador devido à sua manifestação em uma idade mais jovem, medidas de prevenção podem ajudar significativamente.

Manter uma dieta saudável, realizar atividades físicas regularmente, controlar a pressão arterial e manter o cérebro ativo com atividades cognitivamente estimulantes são práticas recomendadas. Além disso, o aconselhamento genético pode ser benéfico para aqueles com histórico familiar da doença.

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Como você pôde ver, o Alzheimer precoce representa uma variante rara, mas que afeta inúmeras pessoas e deve ser avaliado o quanto antes. Mesmo sendo progressiva, a doença pode ter os sintomas amenizados com cuidados e com hábitos saudáveis, além disso compreender a doença, seus sintomas e fatores de risco é fundamental para o diagnóstico e tratamento adequado.

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