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5.1.2018
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Equipe Afya Educação Médica
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Especializar-se como alergista requer amplo conhecimento em vários aspectos que incluem o funcionamento do organismo e seu sistema imunológico. Essa área da medicina, ainda que bastante promissora para o especialista, exige muito aprofundamento em seu conteúdo. Para você que está avaliando a possibilidade de cursar alergologia, preparamos este post com informações sobre a formação desse especialista. Confira o conteúdo e tire suas dúvidas!
A alergologia atua no diagnóstico e no tratamento das doenças de cunho alérgico. Essa é a área dos médicos que se especializam em alergia e imunologia. Embora a especialidade tenha esse nome, os dois conceitos são diferentes. Entretanto, o especialista precisa, além de conhecer o tratamento das doenças alérgicas, dominar o funcionamento do sistema imunológico.
Assim, será capaz de diagnosticar e medicar todas as suas alterações. Ele se capacita, portanto, a identificar e cuidar de doenças alérgicas, como rinites, sinusites, dermatites, males ocupacionais e imunodeficiências primárias, entre outras. O médico alergista aprende a avaliar o quadro clínico do paciente e entender os mecanismos das doenças alérgicas.
Dessa forma, ele pode diagnosticar precisamente cada caso, com base em seu conhecimento teórico e prático. Em sua atuação, cabe:
Embora andem de mãos dadas, as duas áreas não são sinônimas. Enquanto a alergologia estuda as doenças alérgicas e seu tratamento, a imunologia investiga os mecanismos biológicos do organismo que são responsáveis pela defesa contra agentes externos. Essa área é voltada para o estudo específico do sistema imunológico e das doenças que decorrem das alterações em seu funcionamento normal. Aqui, estão incluídas as imunodeficiências, as alergias e as doenças autoimunes.
A atuação em alergologia requer um grande conhecimento na área. Isso inclui saber, entre outros, sobre:
Assim, esse profissional precisa dominar ao máximo o conhecimento básico da clínica médica, da imunologia, da imunoterapia e das afecções alérgicas É importante que ele saiba fazer diagnósticos diferenciais entre doenças alérgicas e as demais afecções, bem como conheça doenças capazes de mimetizar ou de se sobrepor à alergia.
Ele deve reconhecer o peso dos desencadeantes externos e ter experiência suficiente nas terapias imunológicas e nos fármacos apropriados ao tratamento. Essa expertise faz do alergista um profissional certeiro, que é eficiente no diagnóstico e no tratamento das alergias. Isso é o que pode destacá-lo de outros profissionais do segmento.
Basicamente, é preciso que o candidato saiba reconhecer as doenças alérgicas com profundidade. Ele também deve saber sobre imunologia aplicada às doenças alérgicas, imunodeficiência primária e doenças autoimunes. A prova se divide em três temas amplos. Confira!
Requer conhecimentos dos mecanismos de hipersensibilidade e exames complementares para o diagnóstico de alergias em pacientes de todas as idades. Aqui, incluem-se os testes cutâneos e de contato, a prova de função pulmonar e outros. Entre as afecções abordadas na prova, estão:
Os tratamentos também são abordados na prova teórica (que é feita no mesmo dia e local do exame teórico-prático), incluindo as imunoterapias e as inovações no âmbito terapêutico.
A abordagem se inicia no desenvolvimento do sistema imunológico da criança e passa pela avaliação laboratorial da resposta imune. A própria Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) fornece uma lista de fontes de pesquisa, especificando a bibliografia para estudo. Tanto as imunodeficiências primárias e secundárias quanto os sinais de alerta para pesquisá-las estão incluídos no programa, com suas bases genéticas, seus diagnósticos e suas características clínicas. Cabe citar ainda os distúrbios imunológicos e as doenças autoimunes.
Para aprovação, o candidato precisa apresentar resultado mínimo de 70 pontos, divididos entre as provas teórica e teórico-prática e o CV, com pesos respectivos de 40%, 40% e 20%. A aprovação é divulgada no site da associação e uma correspondência é enviada para cada candidato aprovado.
Como mencionado, a imunologia tem um papel extremamente relevante na formação do alergista. Por isso, ela tem tanto espaço na prova de títulos de sua especialidade. Assim, também é preciso conhecer bastante sobre resposta imune, anticorpos, antígenos, imunidade inata e regulação da resposta autoimune, além de outros temas relativos à imunologia básica.
Quando se busca por informações sobre o tema, a absoluta maioria das notícias aponta para aumento dos casos de alergia. Essa informação é confirmada pela ASBAI, que relata acréscimo no número de casos de alergias, bem como de sua complexidade e gravidade. No mundo inteiro, cerca de 300 milhões de pessoas sofrem de asma — e esse número deve aumentar para 400 milhões até 2025, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
E isso não se limita à asma: as alergias alimentares e medicamentosas também têm tomado proporções crescentes, graças às mudanças no estilo de vida das pessoas e ao surgimento de novas terapias naturais para as doenças em geral. Assim, existe uma demanda enorme de pacientes buscando por atendimento especializado. E, além disso, o campo de atuação do alergista é muito vasto, o que permite que o médico escolha áreas específicas para se aprofundar e valorizar ainda mais sua formação, obtendo sucesso e renome em seu meio.
Agora, você tem uma visão abrangente sobre a formação do alergista, sua especialização e sua atuação. Para saber ainda mais, baixe o manual do aluno da IPEMED e entenda tudo sobre a pós-graduação em alergologia e como ela pode fortalecer seus conhecimentos e prepará-lo para para a prova de títulos.