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15.12.2022
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Equipe Afya Educação Médica
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Você sabia que, em 2021, o país registrou 44 mortes diárias em consequência do câncer de próstata? Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a mortalidade pela doença ainda é alta e ceifa cerca de 25% dos que desenvolvem neoplasias malignas. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados mais de 65 mil novos casos da doença para este ano de 2023.
E houve diminuição da presença dos homens nas unidades de saúde na pós pandemia. De acordo com dados divulgados, houve uma redução de mais de 20% nas cirurgias de próstata por câncer nos anos de 2019 e 2020. E a pandemia acabou por afastar as pessoas dos serviços de saúde, trazendo um impacto significativo para a saúde masculina nesse período, sobretudo para o diagnóstico e tratamento do câncer de próstata.
Além da redução nas cirurgias, nesse período, também houve diminuição na coleta para os exames do PSA (27%), do toque retal e da biópsia da próstata em cerca de 21%, respectivamente. Os dados indicam, ainda, que o número de consultas urológicas realizadas pelo SUS caiu 33,5% e se mantiveram em baixa até julho de 2021.
Ainda estão sendo percebidos os efeitos do coronavírus com o número de casos de câncer de próstata em alta, devido ao reflexo da baixa procura pelos serviços de saúde, relacionados ao câncer de próstata nesse período. Os especialistas dizem que levará um tempo para que essa demanda represada pela busca dos serviços médicos, especialmente os urológicos, seja atendida.
Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) mostra que mais de um milhão de procedimentos cirúrgicos e cirurgias para tratamento do câncer de próstata foram suspensos. Os três estados brasileiros que mais tiveram queda nos exames de biópsia da próstata durante a pandemia foram: Acre (90%), Mato Grosso (69%) e Rio Grande do Norte (50%).
Por isso, campanhas como o Novembro Azul tem o propósito de enfatizar a importância dos homens voltarem a ter cuidado com a saúde e retornar ao médico com a maior prontidão possível, pois o diagnóstico precoce do câncer de próstata é fundamental para aumentar a chance de cura.
Motivo de apreensão entre os homens e deixado de lado por uma boa parte deste público, o exame de toque retal é fundamental para descobrir doenças na próstata, mais precisamente o câncer. O fato de ser ignorado é uma questão sociocultural que, felizmente, está sendo revista pelos homens.
Boa parte dos representantes do sexo masculino sabe que esse preconceito pode custar a vida. O exame de próstata deve ser realizado por todos os homens com mais de 40 ou 45 anos, dependendo da orientação do urologista. O exame não causa dor e dura apenas poucos segundos.
Este tipo de exame é importante para diagnosticar o câncer quando ele ainda está na fase inicial. A detecção rápida do câncer permite efetuar o tratamento de forma eficaz e aumenta as chances de sucesso e recuperação absoluta.
Normalmente, a morte do paciente ocorre quando a pessoa não faz o exame e não sabia que estava passando pela fase avançada da doença. Isto ocorre porque é comum que apareçam os primeiros sintomas do câncer somente alguns anos após o início do quadro. É claro que este não é o exame mais confortável de ser realizado, mas é imprescindível que o homem esteja ciente da fazer essa avaliação para evitar o aparecimento de uma doença agressiva.
Quando o assunto é a realização de exames preventivos, as mulheres são as campeãs. Acostumadas a lidar anualmente com mamografias, exames papanicolau, ecografias e demais estudos utilizados na hora do check-up, as mulheres são as melhores conselheiras quando bate a dúvida sobre fazer ou não o exame. Evite falar com outros homens, já que o preconceito existe e é um importante fator limitante.
Se o seu objetivo é viver por muitos anos e ver os seus filhos crescidos e bem sucedidos, não hesite em realizar este exame. Conforme foi dito anteriormente, é rápido e indolor, ou seja, alguns segundos podem ser decisivos para uma vida mais longa e saudável.
O exame de próstata é um exame importante. Em complemento ao exame de PSA, realizado no sangue, é uma das principais formas de realizar o diagnóstico da doença prostática. Não deixe que o medo faça você sucumbir ao câncer.
Procurando quebrar tabus e enfrentar o preconceito, outra atitude necessária que todos os homens podem adotar é o autocuidado. O "sexo forte" como é conhecido, pode encontrar coragem para romper ciclos de negligência, praticando o autocuidado e demonstrando responsabilidade consigo mesmo, desde questões mais básicas como o acompanhamento médico periódico, por exemplo.
Hoje, cada vez mais, pesquisas comprovam que a saúde, mais do que genética, é consequência das escolhas e hábitos de vida, associados ao acompanhamento preventivo. Dentre os critérios que podem estar associados a melhor qualidade de vida podemos citar: atividade física regular, peso corporal adequado, alimentação balanceada, eliminar bebida alcoólica, eliminar fumo, drogas e reduzir o estresse diário.
Estudos comprovam que os homens mais cuidadosos têm maior expectativa de vida, especialmente por conseguirem detectar precocemente as doenças. Tanto médicos quanto os nutricionistas recomendam que sejam incorporados na dieta dos pacientes alguns alimentos que ajudam a proteger a próstata, tais como: alimentos ricos em ômega-3, contido especialmente entre peixes como salmão, sardinha, atum e truta; tomates e outros frutos vermelhos ricos em licopeno; brócolis; chá verde; castanha do pará.
A Medicina Genômica pode ser uma importante aliada na prevenção, tratamento e diagnóstico do câncer em geral, incluindo o de próstata. Essa especialidade compreende o impacto do teste genético no paciente, com base também na perspectiva social e emocional, bem como identifica estratégias que possibilitem a comunicação do risco e resultado do teste genético.
A Medicina Genômica está se estabelecendo como uma área de conhecimento transversal, como a Farmacologia e a Microbiologia e possui interação com diversas especialidades, incluindo a Oncologia e Urologia. Dessa forma, o profissional desenvolve um know-how diferenciado, em comparação aos profissionais da mesma área sem a formação, o que reflete não apenas na remuneração, mas também em oportunidades na carreira, pois traz um leque de opções de atuação no mercado de trabalho.
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