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30.6.2021
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Equipe Afya Educação Médica
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Para falar sobre as primeiras elementares e dermatoses mais frequentes da pele, do cabelo e da unha, a equipe AFYA preparou uma série de artigos que incluem algumas das dermatoses e tumores comuns na prática dermatológica, além de abordar os temas mais recentes em dermatoscopia. Serão 8 posts no blog, divididos por temas. Este é o oitavo e último post da série, escrito pela Dra. Maria de Fátima Maklouf Amorim. Leia já!
O dermatoscópio é um aparelho de ampliação não invasivo, prático, que permite a avaliação de características específicas das unhas. O exame pode ser realizado com dermatoscópio manual, com aumento de 10x, ou com videodermatoscópio, que permite ampliações de até 200x. Um dermatoscópio portátil é, em geral, suficiente para ver sinais de diferentes doenças ungueais. O conhecimento da anatomia da unha e das estruturas relacionadas (ligamento e tendão, falange dos ossos, vasos e pele) são importantes para a suspeita diagnóstica e procedimentos diagnósticos (Figura 1).
A dermatoscopia ungueal (onicoscopia) permite a avaliação mais detalhada das estruturas das bordas e da lâmina ungueal (Figuras 2 e 3). Avaliando a borda proximal, é possível observar alterações dos capilares em doenças do colágeno, como a esclerodermia (Figura 4) e alterações inflamatórias, como a paroníquia, comum em pessoas que trabalham muito com água (Figura 5).Na avaliação dos sinais de alteração no leito e matriz ungueal, a dermatoscopia é fundamental para o diagnóstico de psoríase.
Os sinais de comprometimento da matriz ungueal são:
Os sinais de comprometimento do leito ungueal são:
Um dos mais importantes sinais clínicos e dermatoscópicos na unha é a melanoníquia, faixa longitudinal pigmentar (castanha ou preta) dentro da lâmina ungueal, que se estende da prega ungueal proximal à parte distal e da lâmina ungueal, por causa da deposição de melanina na lâmina ungueal. A incidência é maior em pessoas de fototipo + IV, V e VI de Fitzpatrick, acima de 45 anos. Em crianças, 47,5% dos casos de melanoníquia são devidos a nevo melanocítico. A ativação melanocítica, lentigo, nevos e melanoma in situ ou invasivo representam as principais causas de melanoníquia.
Aproximadamente 67% dos melanomas da unha iniciam com melanoníquia. Alguns sinais clínicos determinam a suspeita de melanoma, entre eles, o “sinal de Hutchinson, definido como disseminação periungueal de melanina nas dobras ungueais, sinal presuntivo de melanoma, a regra do ABCDEF, entre outros, com limitações para distinguir lesão benigna ou maligna. A dermatoscopia é uma importante ferramenta para o diagnóstico das melanoníquias, mas a biópsia é obrigatória em casos suspeitos e a histopatologia ainda é o padrão ouro para o diagnóstico. Na dermatoscopia, 2 etapas são seguidas: observar a cor na unha, seguido do algoritmo para diferenciar lesão benigna ou maligna. (Figura 14)
Hirata et al. descreveram padrões na dermatoscopia intraoperatória, com alta sensibilidade e especificidade (Figura 15 e 16).
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Texto Elaborado por: Dra. Maria de Fátima Maklouf Amorim
Médica dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia em parceria com a Associação Médica Brasileira. Mestre em Dermatologia pela Universidade Federal de São Paulo. Coordenadora da pós-graduação de Dermatologia, tricologia e dermatologia estética da Faculdade IPEMED. Dermatologista com aprimoramento na área de tricologia.